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Inova.São se torna o pilar da nova fase do São Paulo Futebol Clube

Prestes a completar seu centenário, o São Paulo Futebol Clube estabeleceu uma meta: ser o clube mais inovador das Américas até 2030, quando assumirá sua identidade secular. A associação anunciou hoje, 21, a criação do Inova.São Ventures, uma corporate venture builder (CVB), em parceria com a FCJ Group e a Sportheca.

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Em termos mais simples, 50 startups poderão, nos próximos 5 anos, contar com os investimentos e com o emblema tricolor. A FCJ Group, que importou o modelo de negócios de CVBs para o Brasil em 2013, será responsável pela captação de R$11,6 milhões via crowdfunding. A expectativa de retorno sob esse valor é de mais de R$90 milhões nos próximos anos.

O primeiro momento de captação, com o fundo já registrado, tem como objetivo conseguir em torno de R$3,2 milhões. A ideia é trazer investidores corporativos, e evitar que qualquer recurso saia do São Paulo.

“É um clube multidisciplinar 360. Ele já tem propriedade voltada para performance, mas agora vai começar a ter propriedade intelectual de tecnologia. Estamos trazendo essa solução para aumentar o valor do São Paulo como corporação, como instituição de mídia, de entretenimento e de esporte”, comenta Gustavo Verginelli, CCO da Sportheca, empresa responsável pelas metodologias do projeto.

A série A aqui é outra

“O São Paulo vai aportar para as startups algo que é muito mais valioso do que recurso financeiro, porque ele acelera exponencialmente o sucesso por ser uma plataforma real de testes de validação, além de uma marca absurda, comprovando a viabilidade daquela tecnologia daquela solução”, continua Verginelli.

O SPFC quer liderar em inovação e, para isso, elaborou uma tese guia. O projeto é estruturado em quatro verticais estratégicas de negócio: performance e desempenho de jogadores, smart stadiums, experiência e engajamento do torcedor, e novos negócios a partir do clube.

A centralidade no público tricolor e em sua experiência não é recente. As primeiras movimentações públicas do Inova.São contaram com a criação de um Centro de Inovação Aberta em 2022, dentro do MorumBIS; além da elaboração do Censo Tricolor, em parceria com a PH3A, que reuniu e compilou dados de 10 milhões de são-paulinos.

Esse levantamento guia o Inova.São até os dias atuais. “É pensar além do futebol. Pensar nesse aparato que a gente tem: o nosso principal ativo é o nosso torcedor. É trazer o dia-a-dia dele de uma forma forma qualitativa, entender essas dores, essas oportunidades e entregar os produtos”, comenta José Oliver, Head de Inovação do SPFC.

“Quando você olha para esporte e entretenimento são coisas que estão muito ligadas”, diz Wagner Kojo, CSO da FCJ Group. “Isso traz uma grande oportunidade para a gente se conectar através desse ecossistema com elementos que hoje não estão dentro do radar puramente do futebol. Então, essa frente do entretenimento, da tecnologia, da inovação vai abrir espaço para muitas iniciativas conjuntas. Isso significa atração de investimentos para o São Paulo”.

Em resposta à TI Inside, o diretor de Inovação do SPFC Eduardo Alfano retornou ao púlpito para explicar como a inovação do clube caminha com o projeto e com os quase 22 milhões de torcedores. “Nós trabalhamos com a metodologia OKR, temos objetivos e resultados chaves esperados para cada um desses cinco anos, que serão acompanhados pelos indicadores estabelecidos”, complementa evidenciando uma análise que prevê, também, resultados qualitativos.

IA ainda não faz gol, mas já está no esporte

“Hoje qualquer tecnologia que você pensar que não aplica uma inteligência artificial, está defasada”, responde Paulo Justino, CEO da FCJ Group. “Se você não desenvolver uma inteligência oficial para fazer essa análise fica impossível. A gente já tem braços de IA para aportar nesse volume de dados que até uns anos atrás era inimaginável de você manipular”.

O executivo comenta as metodologias utilizadas no Censo Tricolor e os perfis buscados das startups. Nesse primeiro ano, serão selecionadas soluções em IA, Realidade Aumentada, Realidade Virtual, entre outras tecnologias emergentes.

“Inovação é construção. A gente está construindo essa área desde o lançamento em 2022. É um projeto totalmente voltado para o torcedor. E ele é base também desse projeto nosso”, complementa Oliver. “Porque se a gente o conhece pelos cruzamentos, pelo enriquecimento com esses dados e análise, a gente sabe quem é o torcedor. Se eu conheço as dores deles e sei das oportunidades de negócio que a gente pode colocar, eu posso me conectar com as startups.”

Outros clubes como Bayern, Manchester City e Barcelona têm estratégias parecidas, mas o modelo implementado pelo São Paulo Futebol Clube é estreante no Brasil. Para startups interessadas em se candidatar, um formulário oficial no site da venture está disponível.

Fonte: TI Inside

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