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Aos 87 anos, estudante com deficiência visual encontra novas oportunidades na tecnologia

Com o compromisso de promover a inclusão digital, o Ministério das Comunicações tem instalado e equipado laboratórios de informática em associações comunitárias e entidades de todo o país. Na última terça-feira (18), foi a vez do Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CEEDV) de Brasília (DF) receber 40 equipamentos da pasta, recondicionados e doados por meio do programa Computadores para Inclusão.

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A novidade foi celebrada por Neuraci Fagundes, de 87 anos, uma das estudantes do CEEDV. Professora de português aposentada, dona Neura — como é carinhosamente chamada — tem uma degeneração macular que afeta sua retina e compromete sua visão.

“Espero aprender um pouco [de tecnologia], porque acho que vai ser útil para me comunicar com as pessoas, pesquisar e saber de novidades”, avalia.

Há dois anos, dona Neura sequer conseguia ler. Com o apoio de profissionais e aulas adaptadas em ambientes bem iluminados, ela voltou a enxergar parcialmente do olho direito.

Há poucos dias, em uma aula de Educação Visual, Neuraci conseguiu ler um texto especialmente disposto em um fundo de projeção. “Para mim, foi emocionante voltar a ler e saber que ainda é possível”, conta.

Dona Neura estava justamente em uma aula de Escrita Cursiva do CEEDV quando os técnicos do Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC), do Ministério das Comunicações, chegaram com as máquinas doadas. “A gente agradece muito todo o trabalho realizado aqui”, diz.

Progressos

Professora do curso, Josiane Prates auxilia os alunos no resgate da escrita, no treinamento de qualidade da assinatura e das letras do nome. O objetivo é fazer com que cada pessoa com deficiência visual tenha mais autonomia.

Segundo ela, é a primeira vez que o CEEDV recebe uma doação com esse volume de computadores. “Essas máquinas vão atender as salas de digitação e de apoio pedagógico, onde a gente realiza nossa produção em braile”, revela.

O laboratório de informática no CEEDV já está em funcionamento. Josiane afirma ter uma boa expectativa com as doações. “A tecnologia ajuda demais as pessoas com deficiência visual em todos os sentidos, faz tudo ficar mais rápido.”

Doações

O ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, explica que não existe inclusão digital se ela não contemplar todas as pessoas: “Uma política pública, para ser eficaz, precisa incluir todo mundo e integrar acessibilidade”.

Segundo ele, criar um ambiente acessível faz parte da missão do Ministério das Comunicações. “Esse ponto de inclusão digital [do CEEDV] será essencial para oferecer mais oportunidades de desenvolvimento às pessoas com deficiência visual”, afirma o titular da pasta.

Computadores para Inclusão

O programa do Ministério das Comunicações promove inclusão e sustentabilidade a partir da restauração de equipamentos nos Centros de Recondicionamento de Computadores (CRCs). Além do descarte ambientalmente correto dos resíduos eletroeletrônicos, a iniciativa oferece cursos de capacitação em informática para jovens e adultos.

Desde sua criação, o Computadores para Inclusão já entregou mais de 66 mil máquinas e criou mais de 5 mil laboratórios de informática em 1.278 municípios. Na área de treinamento, o programa capacitou mais de 66 mil pessoas em um dos 301 cursos existentes.

Fonte: MCom

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