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Finep defende pacto federativo pela ciência em Fórum do Consecti em Foz do Iguaçu

O presidente da Finep, Luiz Antonio Elias, defendeu, na quinta-feira (9), a consolidação de um pacto federativo pela ciência, tecnologia e inovação (CT&I), como pilar essencial para um novo ciclo de desenvolvimento no Brasil. A declaração foi feita durante a abertura da Reunião do Fórum Nacional do Consecti (Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de CT&I), evento que prossegue até esta sexta-feira (10), reunindo representantes de todo o país em Foz do Iguaçu, no Paraná.

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No discurso de abertura, o presidente da Finep destacou que o Brasil vive “um momento singular” e o país não pode se limitar a acompanhar as revoluções tecnológicas mundiais. “O Brasil precisa estar entre aqueles que as iniciam, criando conhecimento, tecnologia e oportunidades a partir de sua própria inteligência nacional”, afirmou.

Segundo Elias, países como Estados Unidos, China e membros da União Europeia já compreenderam que o domínio do conhecimento é o que define a soberania de uma nação. Para o presidente da Finep, esse protagonismo só será possível com investimentos contínuos em infraestrutura científica, soberania digital, valorização dos recursos humanos e descentralização da inovação. “A ciência e a tecnologia não são apenas instrumentos de governo — são políticas de Estado, sustentadas por visão estratégica e compromisso de longo prazo”, enfatizou.

Elias celebrou o reposicionamento da CT&I no centro da agenda do Governo Federal, afirmando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, têm reforçado o compromisso com a interiorização das políticas públicas. “É nas cidades médias e pequenas, nos interiores e nas regiões esquecidas, que mora o potencial de transformação do Brasil”, relembrou, citando fala do presidente Lula na 5ª Conferência Nacional de CT&I, realizada em 2024.

Parcerias com os estados

O presidente da Finep ressaltou o papel estratégico do Consecti na articulação entre o governo federal e os estados, ressaltando que a entidade representa “o espírito cooperativo” necessário para tornar o Sistema Nacional de CT&I verdadeiramente federativo.

Como exemplo concreto da atuação conjunta, Elias destacou que, entre 2023 e 2025, a Finep contratou 54 projetos apresentados por Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs), totalizando R$ 174,5 milhões em investimentos voltados a demandas locais.

Além disso, o Pacto Nacional em Favor dos Indicadores Estaduais de CT&I — lançado pelo Minstério de Ciência, Tecnologia e Informação (MCTI), em parceria com o Consecti e o Confap — foi apontado como marco importante na integração de dados e políticas públicas. Com R$ 13,36 milhões em investimentos, a iniciativa busca fortalecer o planejamento baseado em evidências.

Finep como elo nacional

Ao final de sua fala, Elias reafirmou o papel da Finep como instituição de convergência, responsável por conectar estados, Governo Federal, academia, empresas e sociedade civil em torno de um projeto nacional de inovação. “Nosso papel é unir, conectar, articular… transformar conhecimento em desenvolvimento e inovação em soberania. Este Fórum é mais do que uma reunião institucional. É a reafirmação de um pacto federativo pela ciência brasileira”, concluiu.

O presidente do Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência Tecnologia e Inovação (Consecti), Silvio Romero Bulhões Azevedo, disse que o evento, em Foz do Iguaçu, “demonstra a força do Consecti hoje, que certamente faz parte da tomada das decisões dos rumos nacional das políticas de ciência e tecnologia. Este é o terceiro encontro de reuniões extraordinárias deste ano, com uma pauta construída de forma conjunta, para aproximar as secretarias estaduais e promover uma troca de ideias”, afirmou.

Sustentabilidade dos parques tecnológicos no Brasil

O Fórum contou ainda com a participação do superintendente da Área de Pesquisa Aplicada e Desenvolvimento Tecnológico da Finep, André Nunes, que apresentou a palestra “O papel da Finep na sustentabilidade dos parques tecnológicos no Brasil”. Ele detalhou a atuação da agência e destacou os investimentos robustos que têm sido feitos para consolidar esses ambientes de inovação em todo o território nacional. Atualmente, a Finep apoia parques tecnológicos em quase todos os estados brasileiros.

“Os parques são fundamentais para incentivar ainda mais a tecnologia, a inovação e a conexão entre universidades, empresas e governos”, afirmou Nunes. A diversidade dos parques tecnológicos brasileiros foi um dos pontos centrais da apresentação. Nunes explicou que os modelos variam de acordo com a vocação regional e com o tipo de parceria estabelecida.

Com mais de R$ 646 milhões já aplicados diretamente em parques tecnológicos, a Finep soma mais de R$ 1,4 bilhão investido no setor nos últimos 10 anos. Atualmente, está em andamento o edital do Programa Centelha III, que ampliará ainda mais o apoio à implantação de novos parques e à operação dos já existentes. A trilha “pré-Centelha” também tem sido uma aposta da Finep para preparar empreendedores na construção de propostas mais sólidas, aumentando as chances de aprovação e sucesso dos projetos. “Queremos diversificar e estimular cada vez mais os ambientes de pesquisa. Mas isso exige investimento estruturado, gestão profissional e políticas públicas de continuidade”, concluiu Nunes.

Fonte: FINEP

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