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COP30 reconheceu telecom como habilitadora na adaptação climática

Com o encerramento na última semana da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), realizada em Belém, agentes da cadeia de telecomunicações avaliam que o papel do setor como um dos habilitadores da adaptação climática saiu fortalecido durante os debates.

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Durante o TelecomESG, evento promovido pela TELETIME nesta quarta-feira, 26, em São Paulo, operadoras como Claro Vivo fizeram um balanço da conferência, que reuniu 195 países no Norte do País entre os dias 10 e 21 de novembro. Em outro painel, a TIM também comentou os resultados da COP30.

Para Ana Letícia Senatore, gerente de meio ambiente da Vivo, o foco na adaptação climática (em vez de medidas de mitigação) já era esperado, até por conta de um “nacionalismo climático” que impediu a definição de um roadmap claro para a redução do uso de combustíveis fósseis.

Para Flávio Rodrigues, gerente de sustentabilidade e responsabilidade social da Claro, o Pacote teve um mérito importante ao deixar claro que o setor de telecomunicações é habilitador da adaptação climática, uma vez que permite o funcionamento de diversos recursos de resposta e monitoramento climático.

Dessa forma, Rodrigues comemorou que entre os 59 objetivos do Pacote Belém, um tenha focado especificamente na necessidade de adequação de infraestrutura – algo que incluiria as redes de telecom. “A gente ser olhado mais como habilitador e menos como ofensor é uma oportunidade, mas daqui para frente há muito trabalho a ser feito”.

Para Anna Carolina Meireles, head de sustentabilidade da TIM, a COP30 foi especialmente importante dentro do contexto da chamada Zona Verde, em que aconteciam debates entre empresas de muitos setores. “Vimos muitas empresas ali que estavam tentando se situar, entender o que era a COP30, mas foi possível também ver o protagonismo do setor de telecomunicações na agenda climática e como ela pode ser indutora de mudanças”. Segundo Meireles, a COP, nesse sentido, abriu debates setoriais que são tão ou mais importantes do que os acordos governamentais.

Soluções digitais

No debate no TelecomESG, Senatore, da Vivo, destacou dados de estudos que reconhecem o papel do setor na redução de emissões de demais cadeias. “Soluções digitais podem gerar de 15% a 20% de redução de emissões entre 2030 e 2050 em vários setores como energia, indústria e materiais”, afirmou a especialista.

Outra contribuição de telecom à adaptação climática citada no evento foi a tecnologia cell broadcast, habilitada no Brasil pela redes das operadoras com o nome de Defesa Civil Alerta; ela tem permitido alertas de emergência mais efetivos durante ocorrências climáticas.

Fundo

Já Moisés Moreira, ex-conselheiro da Anatel e fundador da MM Consult, fez uma observação sobre o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês) lançado na COP30, em iniciativa liderada pelo Brasil.

Para Moreira, conectividade e energia renovável não podem ficar de fora dos projetos que serão habilitados a partir do fundo. O mecanismo já mobilizou mais de US$ 6,7 bilhões em sua primeira fase, com o endosso de 63 países, segundo o governo.

Coordenação

Por sua vez, o consultor Márcio Lino, fundador da Colin Consultoria, fez uma provocação na esteira da COP30: a de que a cadeia de telecomunicações precisa comunicar melhor o seu papel de habilitador no combate às mudanças climáticas.

Falta coordenação setorial. O setor precisa se unir mais [para promover] esses pontos positivos”, afirmou o especialista, em ponto que recebeu concordância de demais painelistas.

Fonte: Teletime

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