Padrão digital do governo chega à versão 4.0
O novo Padrão Digital de Governo (Design System 4.0) foi apresentado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) em evento virtual, realizado nesta quinta-feira, 10 de outubro. A nova versão traz mais simplicidade e intuitividade no uso de plataformas governamentais, facilitando o acesso dos cidadãos às informações sobre políticas públicas e serviços ofertados pelo Governo Federal.
Para o secretário de Governo Digital, Rogério Mascarenhas, a adoção desse padrão “melhora a experiência de uso por parte dos cidadãos, uma vez que as pessoas ficam familiarizados com a jornada para solicitar, acompanhar e receber um serviço digital, sem a necessidade de aprender novos caminhos sempre que for se relacionar com o Governo”.
O Serpro é parceiro tecnológico do MGI. Presente no lançamento virtual, o presidente da estatal, Alexandre Amorim, reforçou a fala do secretário. “Nosso objetivo é facilitar a vida do cidadão, reduzindo desigualdades e garantindo que a tecnologia seja inclusiva, não uma forma de exclusão. O novo padrão traz familiaridade e confiança, além de reduzir custos com componentes prontos, promovendo um desenvolvimento mais harmônico e eficiente entre as instituições públicas”, declarou.
Durante o evento, a Portaria MCOM 540/2020, que tornou a adoção do padrão obrigatória para todos os órgãos e entidades do governo federal, foi lembrada pela secretária de Estratégia e Redes da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), Brunna Rosa. “Na Secom, atuamos com os 38 ministérios e são mais de 200 órgãos. A orquestração da adoção desse padrão não é fácil. Estamos à disposição para, se necessário, realizar uma maratona de apresentações desse novo padrão, com o objetivo de ajudar todos os órgãos a se atualizarem e aderirem. Nosso foco é sempre o cidadão”, afirmou. A secretária também comentou da possibilidade de adoção do padrão por estados e municípios.
Muito mais que uma identidade visual
De acordo com o MGI, a versão 4.0 apresenta atualizações como: a ampliação da flexibilização do conteúdo; redução do esforço de desenvolvimento, por meio da ampliação da biblioteca de componentes reutilizáveis; e aprimoramento da acessibilidade digital. Esse padrão digital traz, ainda, referências que devem ser seguidas por designers e desenvolvedores, visando a garantir uma experiência única na interação com sistemas.
O titular da superintendência de Arquitetura Corporativa, Plataformas Inteligentes e Engenharia de Nuvem do Serpro, Welsinner Gomes de Brito, ressaltou que o Design System é mais do que apenas a implementação de uma identidade visual. “O cidadão tem maior confiança no uso das aplicações quando ele já conhece e reconhece a jornada que deve seguir. Nesse sentido, o Design System utiliza padrões que facilitam a usabilidade das aplicações. Hoje comemoramos essa evolução e implantação de uma nova versão com diversas evoluções que melhoram a usabilidade, acessibilidade e necessidades funcionais das aplicações. E ainda temos muito a evoluir”, ressaltou.
Padronização
Para os times de engenharia, o Design System acelera o desenvolvimento. No passado, a fase inicial de todo projeto era a definição de uma arquitetura tecnológica e a construção de uma identidade visual. As arquiteturas de referência e o design systems compõem um toolkit tanto de padronização quanto de aceleração de entregas.
Além disso, as aplicações herdam automaticamente características de usabilidade e acessibilidade implementadas nos componentes do Design System. Hoje, o Design System é um projeto aberto com contribuição de várias empresas de governo (e até empresas privadas) promovendo sua evolução constante para melhor a experiência de usuários.
Atuação proativa
A iniciativa foi desenvolvida no âmbito do Projeto de Unificação de Canais Digitais do Governo que contou com a participação do Serpro, da Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia (SGD); da Secretaria Especial de Modernização do Estado (Seme) e da Secom.
O projeto atual é uma evolução do trabalho desenvolvido para a construção da Identidade Digital de Governo (IDG) e da IDG de Serviços, iniciativas que buscavam padronizar os portais dos órgãos públicos federais para otimizar a comunicação e simplificar as interfaces de oferta de informações para o cidadão. A proposta surgiu da necessidade de oferecer ao cidadão uma experiência única e consistente ao usar os serviços e produtos digitais do Governo. O objetivo é tornar mais simples e eficiente o uso das plataformas e sistemas governamentais. Assim, os usuários só precisam aprender uma vez como tudo funciona, e podem esperar que essa mesma lógica se aplique em todos os demais serviços.
Fonte: Ti Inside