Senado dos EUA aprova subsídio de R$ 280 bilhões para incentivar fábricas de chips
O Senado dos Estados Unidos aprovou, por 64 a 34, uma das versões do projeto de lei com subsídios à indústria de semicondutores, prometido desde o início da presidência de Joe Biden e tratado como medida de competição com a China. Falta a Câmara.
O projeto de lei envolve cerca de US$ 50 bilhões em subsídios para reforçar a fabricação de chips de computador nos EUA, como forma de diminuir a dependência dos fabricantes asiáticos. A escassez global de chips nos últimos dois anos atingiu vários setores, incluindo montadoras, empresas de telefonia móvel e de tecnologia de consumo e fabricantes de sistemas de defesa.
A peça central da legislação são os US$ 52 bilhões para reconstruir a produção doméstica de chips e incentivos fiscais para incentivar a construção de fábricas com base nos EUA. Não por menos, ações da Intel, Nvidia e Texas Instruments tiveram altas acima do mercado no dia da votação.
Esse avanço legislativo ocorre mais de um ano depois que o Senado, em uma votação bipartidária, aprovou pela primeira vez um projeto de lei de US$ 250 bilhões para reforçar a fabricação de chips nos EUA e revigorar a pesquisa e o desenvolvimento americanos.
Mas a Câmara de Representantes nunca considerou essa proposta. Os democratas da Câmara redigiram sua própria versão de uma lei de competição chinesa, com um tom de segurança nacional mais suave e uma ênfase maior no financiamento das mudanças climáticas. Os republicanos se opuseram ao projeto.
Os democratas de ambas as Casas há meses tentam conciliar as diferenças entre as duas versões. Com a inflação anual acima de 9% e o partido pronto para eleições de meio de mandato difíceis, o governo Biden sugeriu que aprovaria um projeto de lei mais simples destinado a apenas ampliar a produção de chips.
Não é certo se os democratas do Senado serão capazes de reunir os 60 votos necessários para contornar uma obstrução na legislação final. Fazer isso exigiria o apoio de vários republicanos, que lamentaram que muito de seu trabalho para criar provisões para competir com a China provavelmente será descartado. Mesmo democratas criticaram a versão ‘light’ do projeto.
Mas os democratas também enfrentaram novos problemas com os republicanos, que ameaçaram inviabilizar o projeto de lei de semicondutores se continuarem a buscar um plano separado para aprovar um projeto de lei partidário sobre impostos e política climática.
Fonte: Convergência Digital com informações da CNBC