Sam Altman retoma a presidência da OpenAI. Como fica a Microsoft?

Sam Altman está de volta à presidência da OpenAI depois de cinco dias de um tsunami. A empresa anunciou a formação de um novo conselho que não incluirá três dos quatro membros envolvidos na destituição de Altman.

O novo conselho incluirá Bret Taylor, ex-Salesforce; Larry Summers, ex-secretário do Tesouro; e Adam D’Angelo, o único membro do conselho anterior da OpenAI que permaneceu. Taylor será o presidente, disse a empresa. Altman não terá uma cadeira no colegiado.

O conselho anterior e a equipe de Altman também concordaram em conduzir uma investigação independente sobre sua conduta, a decisão de destituí-lo na semana passada e suas consequências, disse uma fonte familiarizada com o assunto. Se há um fim do impasse, não se sabe como as feridas serão cicatrizadas.

Desde que o conselho demitiu Altman inesperadamente na sexta-feira (17), os investidores pressionaram os diretores para readmiti-lo, os funcionários ameaçaram pedir demissão em massa e a Microsoft, maior financiadora da OpenAI, disse que o estava contratando para liderar uma nova equipe de pesquisa avançada de IA.

Deixam a OpenAIO, Ilya Sutskever, cientista-chefe e cofundador da OpenAI; Tasha McCauley, cientista adjunta de gestão sênior da Rand Corp., uma organização política sem fins lucrativos; e Helen Toner, diretora do Centro de Segurança e Tecnologia Emergente, uma organização de pesquisa ligada à Universidade de Georgetown.

Emmett Shear, ex-CEO da Twitch que foi nomeado um dos dois executivos-chefes interinos da OpenAI desde sexta-feira, postou no X que estava “profundamente satisfeito com este resultado”. “Este foi o caminho que maximizou a segurança, além de fazer o que é certo por parte de todas as partes interessadas envolvidas”, escreveu Shear. “Estou feliz por ter feito parte da solução.”

Muitos detalhes ainda não estão claros, incluindo qual papel – se houver – a Microsoft desempenhará em um conselho ampliado. Também não está claro se o conselho fará alterações que proporcionem proteções adicionais aos investidores.

A OpenAI foi fundada em 2015 e é administrada por uma organização sem fins lucrativos com um conselho dedicado a tornar a inteligência artificial segura e disponível para todos. Sob essa estrutura, o conselho não tem obrigação de proteger os retornos dos investidores, mas de garantir que a tecnologia da empresa seja benéfica para a humanidade, de acordo com o site da OpenAI.

Fonte: Convergência Digital