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Rússia x Ucrânia: preço do gás neon dispara e fabricantes de chips alertam para estoque baixo - Consecti

Rússia x Ucrânia: preço do gás neon dispara e fabricantes de chips alertam para estoque baixo - Consecti

Notícias
08 março 2022

Rússia x Ucrânia: preço do gás neon dispara e fabricantes de chips alertam para estoque baixo

A invasão da Ucrânia pela Rússia ameaça aumentar ainda mais a pressão sobre a fabricação de chips. A Ucrânia fornece cerca de 50% do gás neon do mundo, indispensável na produção de chips. “Estamos com grandes problemas. Não temos gases raros para vender”, afirmou ao Financial Times, Tsuneo Date, que administra a Daito Medical Gas, uma distribuidora de gás pressurizado ao norte de Tóquio.

Quando a Rússia invadiu a Crimeia em 2014, os preços do neon dispararam pelo menos 600%. As empresas disseram que podem explorar as reservas, mas a pressa em encontrar fornecedores não sediados na Europa Oriental está causando escassez e aumento de preços, não apenas do néon, mas também de outros gases industriais, como xenônio e criptônio.

É fato que 40% da oferta global de criptônio vem da Ucrânia. O preço do gás, que é usado na produção de semicondutores, subiu de ¥ 200-¥ 300 ($ 1,73-$ 2,59) por litro para quase ¥ 1.000 ($ 8,64) por litro até o final de janeiro, de acordo com Date. Ele acrescentou que os preços estavam subindo antes da guerra por causa de interrupções na cadeia de suprimentos provocadas pela pandemia de Covid-19, mas disse que “a invasão russa da Ucrânia está piorando a situação” e que recentemente foi forçado a recusar pedidos de novos clientes.

O presidente da publicação comercial Gas Review, Yoshiki Koizumi, disse que “o fornecimento de néon, xenônio e criptônio está definitivamente ficando mais apertado porque os fabricantes de chips e as tradings estão fazendo mais pedidos na expectativa de que no futuro não poderão obter tanto quanto eles querem”.

A esperança dos fabricantes de chips é que o confronto não se prolongue por muito tempo, uma vez que há estoque para três a quatro semanas. A reportagem do Financial Times diz que fabricantes dos EUA e do Japão tentam encontrar novos fornecedores e muitos estão indo à China para tentar equacionar o abastecimento do gás neon.

Para o analista da Omdia, Akira Minamikawa, a situação é extremamente grave, uma vez que todos os produtos que usam chips serão afetados, uma vez que apenas os semicondutores mais avançados não exigem neon em sua produção

Fonte: Convergência Digital com informações do Financial News