Prioridade para o governo, educação conectada terá acompanhamento da Casa Civil
Para Rogério da Veiga, secretário adjunto de articulação e monitoramento da Casa Civil, a grande preocupação do governo Lula em relação ao tema da educação, especialmente em relação aos programas de educação conectada, será a entrega de resultados nos projetos, e não em relação à discussão de valores, que marcou o governo Bolsonaro. “Nosso objetivo é organizar o que vai ser entregue e cobrar os resultados”, disse ele durante o Seminário Educação Conectada, realizado por TELETIME nesta terça, 11, em Brasília.
Ele chama a atenção para o fato de que em projetos relacionados à educação existem elementos adicionais de complexidade, que passam pelo pacto federativo (papel dos diferentes entes e níveis da administração pública). “Nosso papel será o de empreender políticas, liderando, coordenando e viabilizando”. Veiga lembra que na área de educação é essencial observar a diversidade de realidades no Brasil. “O que a gente quer é que independente da classe econômica, raça ou gênero, a política pública dê o mesmo resultado“, diz.
“Desde o primeiro dia o governo Lula colocou educação no centro, juntamente com crescimento econômico. Existem várias políticas públicas estruturadas, e entramos para ajudar a organizar aquilo que o governo espera, alinhar as entregas. Mas a universalização do acesso à Internet nas escolas é prioridade”.
Um aspecto importante do trabalho do governo, diz Rogério da Veiga, será o de estabelecer claramente os padrões daquilo que o governo espera das políticas. Entre estas definições estão a exigência de conectividade para uso pedagógico (pelo menos 1 Mbps por aluno) e limitações a conteúdos não desejados.
“Essa é uma área em que felizmente existem recursos disponíveis. São cerca de R$ 6 bilhões que podem ser transformados em resultado, disse ele, se referindo aos recursos já alocados em projetos de educação conectada, seja por meio da Lei nº 14.172/2021, do Fust ou do edital de 5G. “Precisamos estar próximos dos diferentes atores, e de outras políticas. Por exemplo, quando a gente leva fibra a uma escola, essa fibra pode ajudar a conectar um centro de saúde”, aponta.
Fonte: Teletime