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Otan reforça defesa de cabos submarinos no Mar Báltico - Consecti

Notícias
16 janeiro 2025

Otan reforça defesa de cabos submarinos no Mar Báltico

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciou uma missão para proteger cabos submarinos na região do Mar Báltico.

A medida ocorre após uma série de incidentes na Europa que levantaram suspeitas de uma sabotagem e espionagem envolvendo infraestruturas desse tipo no final do ano passado, segundo o secretário-geral da Aliança, Mark Rutte.

A missão foi batizada de “Baltic Sentry” (ou “sentinela do Báltico, em tradução livre). Segundo o chefe da Otan, a operação para aumentar a vigilância na região vai incluir navios de guerra, aeronaves de patrulha marítima, submarinos, satélites e até drones de vigilância.

“Não vou entrar em detalhes sobre quantos navios exatamente porque isso pode variar de uma semana para outra e não queremos tornar o inimigo mais sábio do que ele ou ela já é”, disse Rutte.

Ao falar sobre a nova operação, o secretário-geral da Otan destacou que mais de 95% do tráfego da Internet é protegido por cabos submarinos. Além disso, 1,3 milhão de quilômetros de cabos garantem cerca de US$ 10 trilhões em transações financeiras todos os dias. Esse montante equivale a 58% do produto interno bruto (PIB) da União Europeia ou quase cinco vezes o PIB do Brasil inteiro.

Pressão

“Somente nos últimos dois meses, vimos danos em um cabo que conecta a Lituânia e a Suécia, outro que conecta a Alemanha e a Finlândia e, mais recentemente, em vários cabos que conectam a Estônia e a Finlândia”, disse Rutte.

Para ele, esses ataques são preocupantes pois afetam diretamente o sistema de telecomunicações, que é vital para “a segurança e prosperidade” das nações que compõem a Otan.

A maior presença da Otan no Báltico é uma estratégia para que a Aliança mostre domínio sobre a região. Segundo Rutte, a organização fará “tudo que estiver ao alcance” para responder a esses eventos – tomando medidas para garantir que danos à infraestrutura submarina não ocorram novamente. “Nossos adversários devem saber disso“, afirmou o chefe da Otan.

“Os capitães dos navios devem entender que potenciais ameaças à nossa infraestrutura terão consequências, incluindo possível abordagem, apreensão e prisão”, completou Rutte em coletiva de imprensa.

UIT

No final do ano passado, essa sucessão de incidentes em cabos submarinos também preocupou duas entidades: a União Internacional de Telecomunicações (UIT) e o Comitê Internacional de Proteção de Cabos (ICPC).

Juntas, essas organizações formaram o Órgão Consultivo Internacional para Resiliência de Cabos Submarinos. Desde então, as entidades vêm se reunindo para discutir iniciativas de fortalecimento da resiliência dessa infraestrutura de telecomunicações. O Brasil faz parte do órgão.

Fonte: Teletime