Menos da metade das empresas brasileiras estão investindo nos conhecimentos de IA dos funcionários, segundo o LinkedIn
Em um cenário em que a demanda pelo aprendizado contínuo cresce cada vez mais, impulsionada principalmente pela chegada da Inteligência Artificial, uma nova pesquisa do LinkedIn, maior rede social profissional do mundo, apontou que, embora os líderes empresariais reconheçam que os seus funcionários necessitam de novas competências para trabalhar com a Inteligência Artificial, no Brasil apenas 45% deles estão investindo no aprendizado dos seus times nesta área.
Esta tendência também é observada em grande parte da Europa: no Reino Unido, onde 44% dos gestores estão tomando medidas para melhorar os conhecimentos em IA dos seus funcionários, enquanto nos Países Baixos e na França esta porcentagem é de 36% e 38%, respectivamente.
Os dados também mostram que, por conta dos rápidos avanços na Inteligência Artificial, 8 em cada 10 (84%) gestores responsáveis pelas contratações prevêem que as lacunas de competências aumentarão nos próximos cinco anos, sublinhando a necessidade de as empresas priorizarem o desenvolvimento de habilidades para o seu quadro de funcionários.
Esta demanda pode ser uma oportunidade para que as empresas também trabalhem seus processos de mobilidade interna, considerada uma das principais estratégias para reter talentos – e que pode oferecer alternativas de aprendizagem para os profissionais que estão em busca de novos desafios, embora muitas empresas enfrentem obstáculos em sua implementação.
Segundo dados do LinkedIn, as quatro principais barreiras à mobilidade interna são: a escassez de oportunidades de T&D (Treinamento e Desenvolvimento) que permitam uma mudança de carreira (37%), acúmulo de talentos (26%), que fazem com que haja mais profissionais do que vagas, a falta de conhecimento dos trabalhadores sobre as oportunidades internas (26%) e a falta de um processo eficaz para gerenciar a mobilidade interna (26%).
De acordo com Milton Beck, diretor Geral do LinkedIn para a América Latina e África, as movimentações do mercado de trabalho em 2024 prometem ser significativas. “Dados da plataforma apontam que 93% das companhias brasileiras planejam aumentar a sua força de trabalho este ano e 75% dos profissionais do país também planejam mudar de emprego em 2024, enquanto 62% dos gestores responsáveis pelas contratações esperam que os níveis de rotatividade de funcionários aumentem. Neste sentido, vemos um alinhamento das expectativas de ambos os lados, o que mostra que, à medida que a IA se torna cada vez mais parte do nosso dia a dia, temos novos desafios e oportunidades na busca, contratação e retenção de talentos. É importante que os líderes tenham em mente que ter as pessoas com as habilidades certas, nas funções certas e no momento certo, é o que fará a diferença para o sucesso empresarial”, afirma.
LinkedIn apresenta novas ferramentas para o desenvolvimento das habilidades necessárias para prosperar no ambiente atual
Para facilitar o desenvolvimento das competências exigidas por um mercado de trabalho em constante evolução, tanto para os profissionais quanto para as empresas, o LinkedIn está disponibilizando novas ferramentas:
• 250 cursos no LinkedIn Leaning sobre IA: disponíveis gratuitamente até 5 de abril de 2024, com o objetivo de ajudar funcionários de todos os setores, funções e níveis, em sete idiomas, incluindo português: IA Generativa: Oportunidades e Considerações para Líderes Empresariais, Descubra a IA Conversacional, Ética na Era da Inteligência Artificial Generativa, Inteligência Artificial: Noções e Curiosidades Além da Engenharia e Como Usar o Aprendizado de Máquina para Agregar Valor à sua Empresa.
• ‘Next Role Explorer’ – um novo recurso de desenvolvimento de carreira: uma visualização dinâmica do plano de carreira que recomenda possíveis funções futuras aos profissionais. A ferramenta ajuda a identificar lacunas de competências e orientar os funcionários nos seus percursos de aprendizagem, mostrando guias de funções e planos de aprendizagem personalizados, disponibilizados para ajudar cada trabalhador a desenvolver as competências essenciais necessárias para avançar com sucesso na sua carreira.
• Nova ferramenta para facilitar os processos de mobilidade interna: pela primeira vez, o LinkedIn está integrando suas ferramentas de recrutamento e aprendizagem para dar aos funcionários melhor visibilidade das vagas abertas em sua organização e tornar mais fácil para os gerentes encontrarem os trabalhadores interessados. As vagas internas agora serão publicadas no LinkedIn Jobs e no LinkedIn Learning Hub. No LinkedIn Jobs, os funcionários podem atualizar suas preferências para indicar interesse em vagas abertas na sua empresa e ativar alertas de vagas para serem notificados quando uma nova vaga interna for publicada. Os funcionários também poderão explorar todas as vagas abertas em suas empresas diretamente no LinkedIn Learning Hub e receber orientação sobre as lacunas de habilidades que precisam adquirir para conseguir a função que estão interessados, juntamente com conteúdo de aprendizagem recomendado para ajudá-los a melhorar suas habilidades.
• Relatório de aprendizagem no local de trabalho 2024: na era da IA, o desafio dos líderes é aproveitar as oportunidades com agilidade e impacto. Combinando resultados de pesquisas, dados comportamentais do LinkedIn e conhecimentos dos profissionais de T&D no mundo todo, este relatório ajuda os profissionais de recrutamento a ajustarem suas estratégias para o futuro do mercado de trabalho.
A pesquisa com os gerentes de contratação foi conduzida pelo Censuswide, com uma amostra de 256 gerentes de contratação (gestão intermediária+) com idades entre 18 e 77 anos no Brasil. Os dados foram coletados entre 15/12/2023 – 04/01/2024. A pesquisa foi baseada em 1.504 profissionais com 18 anos ou mais entre 23/08/23 e 30/08/23 no Brasil. O Censuswide segue e emprega membros da Market Research Society, que se baseia nos princípios da ESOMAR.
A segunda fonte de dados foi o Índice de Confiança dos Executivos (ECI) do LinkedIn, uma pesquisa on-line realizada com cerca de 5.000 usuários do LinkedIn (no nível VP ou superior) a cada trimestre – incluindo o Brasil n = 109. A versão mais recente ocorreu de 4 a 18 de dezembro de 2023. Os membros são selecionados aleatoriamente e devem ter optado pela pesquisa para participar. Analisamos os dados de forma unificada e sempre respeitamos a privacidade dos membros. Os dados são ponderados por senioridade e setor para garantir uma representação justa dos executivos na plataforma. Os resultados representam a visão dos membros do LinkedIn; as variações entre os membros do LinkedIn e a população geral do mercado não são contabilizadas.
Fonte: TI Inside