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Fatiamento do 5G está longe de ferir o Marco Civil da Internet - Consecti

Notícias
18 março 2022

Fatiamento do 5G está longe de ferir o Marco Civil da Internet

O fatiamento do 5G está longe de ser um acesso à Internet comum e, assim, não fere a neutralidade de rede imposta no Marco Civil da Internet. A afirmação foi feita pelo presidente da Ericsson para o Cone Sul da América Latina, Rodrigo Dienstmann, em entrevista à imprensa, nesta quinta-feira, 17/03. Ele argumenta com um exemplo: um banco, hipoteticamente, poderá contratar um slice 5G para oferecer serviços aos seus correntistas por meio de um contrato com as operadoras.

“Esse acesso não passaria pela Internet pública, pela rede IP, mas pela rede 5G. Não tem nenhuma semelhança com o zero rating dos aplicativos”, pontuou. A questão 5G x neutralidade de rede está à mesa para discussão e não há ainda uma posição clara da Anatel.

Com relação às redes privadas 5G, a Ericsson admite que a liberação da faixa de 3,7GHz a 3,8 Ghz pela Anatel – está à mesa para avaliação – dá uma liberdade às empresas de irem ao mercado sem as operadoras, mas seria um erro, uma vez que as teles estão preparadas para oferecer, especialmente, cloud e edge computing. “Pressinto, na verdade, mais uma oportunidade de negócios como integração para as teles”, adiciona.

No ano passsado, ainda à frente da Conexis, o então presidente da TIM Brasil, Pietro Labriola, que deixou a empresa para ser CEO da Telecom Italia, manifestou preocupação quanto à regra de neutralidade de rede expressa no Marco Civil da Internet.

O termo proíbe operadoras de diferenciar o tráfego de dados em suas redes com base na origem, destino e aplicações. O executivo sustentou, à época, “o slicing não seria autorizado pela legislação brasileira. É o próprio regulador que aponta isso em estudos internos. Mas a gestão e a diferenciação de tráfego não é exceção, mas, sim, essencial para o desenvolvimento do 5G no Brasil”.

Fonte: Convergência Digital