Estudo ISG destaca avanços de produtividade e superação de desafios da IA generativa no Brasil
Na primeira edição do relatório ISG Provider Lens Generative AI Services – Brazil 2024, produzido e distribuído pela TGT ISG, o distinguished analyst da TGT ISG e autor do estudo, Marcio Tabach, revelou que a IA generativa, baseada em foundation models e redes neurais, se destaca por processar dados não-estruturados, como textos, imagens e áudios, diferentemente da IA tradicional.
Essa característica amplia seu potencial em empresas, permitindo aplicações inovadoras em atendimento ao cliente, gestão do conhecimento, leitura de dados complexos, e modernização de sistemas legados. Empresas prestadoras de serviços de TI que adotaram IA generativa em suas operações internas se mostram preparadas para guiar clientes na implementação da tecnologia.
O estudo ressalta que o uso da IA generativa está em plena transformação, revolucionando e superando barreiras iniciais e trazendo ganhos notáveis de produtividade, especialmente para trabalhadores do conhecimento. De acordo com uma pesquisa da SAS, 46% das empresas brasileiras usam ou estão implementando IA generativa, ocupando a 11ª posição no ranking global. Se tornando essencial em quase todos os processos corporativos, a rápida adoção da tecnologia ainda depende de liderança capacitada e treinamento para os colaboradores.
O estudo aponta que, após um período marcado por resistências e preocupações com a segurança, essa tecnologia foi consolidada como um recurso indispensável para manter a sustentabilidade competitiva das organizações.
“Alguns analistas chegaram a dizer que o advento da IA generativa teria um impacto no mundo dos negócios e na sociedade comparável ao impacto que o advento da energia elétrica teve”, comenta Marcio Tabach. A adoção bem-sucedida depende de critérios importantes para evitar os desafios mais comuns no uso corporativo, como as alucinações, as possíveis violações de direitos autorais, os vazamentos de dados sensíveis e a imprevisibilidade quanto aos custos.
O estudo identifica aplicações de destaque, como o uso de agentes de atendimento automatizados e personalizados, com interações mais sofisticadas e baseadas no perfil do usuário. “Outras aplicações incluem a gestão do conhecimento, que facilita o acesso a respostas específicas a partir de documentos, e o uso em desenvolvimento de software, em que a IA generativa acelera a produtividade com a geração de códigos, documentação, protótipos de interface de usuário e automatização de testes”, afirma o autor do estudo.
O relatório também destaca a importância de treinar equipes para dominar a nova tecnologia, garantindo que o desenvolvimento de talentos deve ser uma prioridade nos investimentos das empresas nos meses seguintes à efetivação. Isso garante a adoção segura e eficaz da IA generativa, implementando rigorosos processos de supervisão humana e controle de custos, assim promovendo o uso ético e eficiente da tecnologia.
Segundo o estudo, a geração de valor está ligada a incorporar a IA generativa em todos os processos dos profissionais do conhecimento. Porém, essa integração ainda representa um desafio na fase inicial de adoção da tecnologia. “Diversos fornecedores destacaram que ela deve ser amplamente aplicada em praticamente todos os seus processos e ofertas. Assim, agentes virtuais monitoram serviços gerenciados, desenvolvem soluções, migram para a nuvem, reforçam a segurança cibernética e mapeiam processos”, declara Tabach.
Por fim, o relatório concluiu que, embora as empresas avaliadas neste estudo tenham demonstrado formas eficazes de superar esses obstáculos, a maioria dos casos de uso registrou resultados satisfatórios. Apesar dos riscos envolvidos, os ganhos de produtividade trazidos pela IA generativa são grandes demais para serem ignorados.
O relatório ISG Provider Lens Generative AI Services 2024 para o Brasil disponibiliza as capacidades de 37 fornecedores em quatro quadrantes: Serviços de Estratégia e Consultoria — Grandes Fornecedores, Serviços de Estratégia e Consultoria — Fornecedores Médios, Serviços de Desenvolvimento e Implantação — Grandes Fornecedores e Serviços de Desenvolvimento e Implantação — Fornecedores Médios.
O relatório nomeia A3Data, Accenture, BRQ, CI&T, Compass UOL, Deal, Inmetrics, Logicalis, MadeInWeb, NTT DATA, Peers e Stefanini como Líderes em dois quadrantes cada. Nomeia Deloitte e TIVIT como Líderes em um quadrante cada.
Além disso, a BRLink é nomeada como Rising Star — uma empresa com um “portfólio promissor” e “alto potencial futuro” pela definição da ISG — em dois quadrantes. A DXC Technology e a GFT são nomeadas como Rising Stars em um quadrante cada.
Fonte: TI Inside