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Demanda digital escancara a falta de profissionais de TIC no Brasil - Consecti

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Notícias
27 setembro 2022

Demanda digital escancara a falta de profissionais de TIC no Brasil

Serviços, contatos, trabalho e educação à distância deram um salto significativo para o digital por conta do isolamento forçado pela pandemia de Covid-19 – entre 2020 e 2021, a transformação digital no Brasil avançou dois anos e meio. O ritmo, porém, não arrefeceu mesmo com a volta do presencial. E isso escancara a demanda por uma educação diferente.

“A pandemia ajudou a quebrar barreira do digital. Criou-se um novo canal. Cabe a gente saber utilizar”, destacou o diretor de tecnologia da TIM, Leonardo Capdeville, ao discutir o impacto das mudanças e novos modelos de negócios, no TIM Talks realizado nesta segunda, 26/9.

Ele destacou percentuais que mostram crescimento significativo entre 2018 e 2022 no uso de diferentes serviços pela internet: vídeos online (56% para 75%), serviços financeiros (23% para 36%), comércio eletrônico (30% para 46%), jogos no celular (28% para 69%), redes sociais (62% para 75%).

“O Brasil parte de alguma coisa próximo a 3%, em 2018, da fatia das vendas online em comparação ao varejo como um todo, para mais de 6%. Isso foi acelerado na pandemia e permaneceu alto, fazendo com que o Brasil desse um salto equivalente a dois anos e meio no período 2020/2021”, afirmou Capdeville.

O movimento ressaltou a carência de profissionais capacitados no uso da tecnologia. “A quantidade de gente preparada é maior lacuna. Na hora que deu um salto, ficou acima da curva após a pandemia. O gap era tão grande que conseguimos incluir gente que não estava digitalizada, inclusive outras faixas etárias que jamais fariam isso não fosse a pandemia”, apontou o head do Google Cloud Brasil, Marco Bravo.

Para o CTO da Americanas.com, Jean Lessa, os dados mostram que o processo educacional precisa incorporar a nova realidade, a começar pelo ensino de código de programação. “A gente esta passando por uma transformação que acontece cada vez mais rápido e invariavelmente necessita de educação, seja para desenvolvedores, seja para o uso das tecnologias. Ninguém sabe o futuro, a gente aposta em um monte de coisas, muita coisa vai mudar, mas certamente ele vai passar por código e por aprendizado.”

Como lembrou o diretor da TIM, Leonardo Capdeville, essa questão precisa ser mais profunda do que a corrida trimestre a trimestre do mercado. “A gente sempre quer o profissional no curto prazo, mas apesar disso, se a gente não trabalhar os profissionais, em cinco ou dez anos vamos ficar mais para trás, se não tiver lá na educação o investimento para essas demandas e tecnologias.”

Fonte: Convergência Digital