China faz lockdown por combate à Covid-19 e amplia crise em semicondutores
Os novos lockdowns anunciados pela China para conter o maior surto de covid-19 no país desde o início da pandemia, há dois anos, estão forçando diversas empresas a interromperem suas operações, o que ameaça as já pressionadas cadeias globais de suprimentos e a economia global.
A Foxconn, uma das principais fornecedoras da Apple, e outras diversas fábricas em Shenzhen deixaram de operar após as autoridades do país terem decretado um lockdown na cidade de 17,5 milhões de habitantes, um dos principais centros tecnológicos e industriais da China.
Na lista estão mais de 30 empresas de Taiwan, que fabricam diversos componentes eletrônicos importantes, como placas de circuito e módulos de telas sensíveis ao toque, segundo o jornal britânico “Financial Times”. A maior parte delas disse que as operações ficariam suspensas até domingo, quando o lockdown em Shenzhen está previsto para terminar.
Em Shenzhen, todos os serviços de ônibus e metrô deixaram de operar, assim como as empresas não essenciais. Os moradores foram proibidos de sair da cidade, que tem um dos portos mais movimentados da China – também afetado pelas medidas – e é sede de gigantes como a Huawei Technologies Co. e Tencent Holdings Ltd.
A crise na China se junta ao impacto da guerra da Ucrânia, e da produção de gás neon para a produção de chips. O mercado só previa uma recuperação em 2023. Em 2021, as vendas globais da indústria de semicondutores atingiram um recorde de US$ 555,9 bilhões, um aumento de 26,2% em relação ao ano anterior, informou a Associação da Indústria de Semicondutores (SIA). A indústria vendeu um recorde de 1,15 trilhão de unidades de semicondutores no ano passado apesar da escassez mundial.
Fonte: Convergência Digital