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Brasil tem 8ª melhor internet do mundo, mas fica em 49º em vida digital - Consecti

Brasil tem 8ª melhor internet do mundo, mas fica em 49º em vida digital - Consecti

Notícias
02 outubro 2023

Brasil tem 8ª melhor internet do mundo, mas fica em 49º em vida digital

O 5º Ranking de Qualidade de Vida Digital (DQL) anual, com 121 países, classificou o Brasil em 49º lugar, o que significa que o país subiu quatro posições em relação ao ano passado – mas que contrasta com a 8ª posição em qualidade da internet.

O Brasil ultrapassou a Colômbia (58º) no ranking geral, mas ficou atrás da Argentina (43º). Na América do Sul, o Brasil ficou em 4º lugar, sendo o Uruguai o líder na região.

Além disso, o país mostrou que tem desafios em segurança eletrônica, ficando em 79º lugar, e em acessibilidade, 76º. O país ficou classificado em 51º no quesito de infraestrutura digital e em 24º lugar em governo eletrônico.

“Em muitos países, a “qualidade de vida digital” passou a ser parte do conceito mais amplo de “qualidade de vida” geral. Não há outra forma de ver isso, já que tantas atividades diárias, incluindo trabalho, educação e lazer são realizadas online. Por isso, é crucial identificar as áreas em que a qualidade de vida digital do país prospera e onde é necessário ter atenção, o que é o objetivo preciso do Ranking DQL”, afirma Gabriele Racaityte-Krasauske, porta-voz da Surfshark, responsável pelo estudo.

Ainda segundo a pesquisa, a velocidade média da internet fixa no Brasil é de 164 Mbps – a mais rápida do mundo, em Singapura, é de 300 Mbps. Por outro lado, a velocidade da internet fixa mais lenta do mundo, no Iêmen, é de 11 Mbps.

A média na internet móvel ficou em 99 Mbps. A internet móvel mais rápida, dos Emirados Árabes Unidos, tem velocidade de 310 Mbps, enquanto a internet móvel mais lenta do mundo, da Venezuela, tem 10 Mbps.

Em comparação com o ano passado, a velocidade da internet no Brasil melhorou em 183% e a velocidade da banda larga fixa cresceu 37%.

O estudo aponta que a internet no Brasil enfrenta dificuldades de acesso uma vez que os brasileiros precisam trabalhar 5 horas e 53 minutos por mês para conseguir pagar uma internet banda larga fixa.

Embora isso esteja abaixo da média, é 20 vezes mais do que na Romênia, que tem a internet fixa mais acessível do mundo (os romenos precisam trabalhar 18 minutos por mês para pagar a internet).

Os brasileiros precisam trabalhar 1 hora e 24 minutos por mês para conseguir pagar a internet móvel. Isso é 5 vezes mais do que em Luxemburgo, que tem a internet móvel mais acessível do mundo (os luxemburgueses precisam trabalhar 16 minutos por mês para pagar a internet).

No quesito segurança eletrônica, que avalia o nível de preparação do país para combater crimes cibernéticos, bem como o nível de avanço das leis de proteção de dados, o Brasil ficou em 79º. Está atrás da Colômbia (54º) e da Argentina (33º).

Uma infraestrutura eletrônica avançada facilita o uso da internet para várias atividades diárias, como trabalhar, estudar, comprar, etc. Este pilar avalia o nível de penetração da internet em um país específico, bem como a prontidão da rede (prontidão para aproveitar as Tecnologias de Comunicação e Informação).

A penetração da internet no Brasil é relativamente alta (83%, 69º no mundo) e o país fica em 42º lugar em prontidão da rede.  É, ainda, 51º em infraestrutura eletrônica e 24º em governo eletrônico.

Ainda segundo o estudo, a internet fixa está 11% mais acessível do que no ano passado — em média, as pessoas precisam trabalhar 42 minutos a menos por mês para conseguir pagar pelo serviço.

Já  internet móvel está 26% mais acessível do que no ano passado — as pessoas precisam trabalhar 41 minutos a menos para pagar pelo serviço.

O Ranking DQL 2023 avaliou 121 países (92% da população global) com base em cinco pilares fundamentais que incluem 14 indicadores. O estudo é baseado em informações de código aberto das Nações Unidas, do Banco Mundial e de outras fontes.

Fonte: Convergência Digital