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Brasil e 14 países criam nuvem que identifica bactérias em segundos - Consecti

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Notícias
23 fevereiro 2024

Brasil e 14 países criam nuvem que identifica bactérias em segundos

Um grupo de cientistas, brasileiros e de outros 14 países, acaba de lançar uma ferramenta me nuvem que promete identificar rapidamente os microrganismos, particularmente bactérias, que infectam humanos e animais ou contaminam alimentos e o meio ambiente.

Chamada MicrobeMASST, ela compara informações químicas de microrganismos, buscando pela identidade em um banco de dados mundial de livre acesso.

No Brasil, o projeto envolve o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), a Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP), a Central de Espectrometria de Massas de Micromoléculas Orgânicas, todas da USP; o Instituto de Ciências do Mar da Unifesp, a Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, a Escola Superior de Ciências de Saúde da Universidade do Estado do Amazonas e a Embrapa Amazônia Ocidental.

O sistema em nuvem envolve 15 países e 25 laboratórios diferentes, sete deles brasileiros, e reúne mais de 100 milhões de dados vindos de quase 61 mil análises químicas microbianas. A amostragem, segundo um dos responsáveis pelos trabalhos no Brasil, o professor Norberto Peporine Lopes, da FCFRP, da USP, é referenciada em 1.300 espécies, mais de 500 gêneros e mais de 260 famílias de bactérias e gerenciada por sistemas que facilitam a rápida identificação de agentes bacterianos.

A grande vantagem da ferramenta é a rapidez para o reconhecimento de um microrganismo.

O MicrobeMASST é alimentado por dados de repositórios públicos como o da própria Rede Mundial de Material Molecular de Produtos Naturais (GNPS sigla em inglês), plataforma criada em 2015 pelo mesmo grupo de cientistas que reúne informações das mais diferentes substâncias químicas existentes no planeta. A ferramenta preenche lacunas de outros bancos de dados públicos e comerciais que são limitados a modelos que usam o genoma e não a massa e estrutura químicas.

Fonte: Convergência Digital com informações da USP