Banda larga para segurança pública movimentará US$ 5,7 bi em 2026
Até o final de 2026, os investimentos anuais globais em infraestrutura e dispositivos de banda larga para segurança pública devem ultrapassar US$ 5,7 bilhões, conforme projeção da consultoria SNS Telecom & IT.
De acordo com a estimativa, o aumento do uso de plataformas para videomonitoramento em alta resolução e de transmissão de dados de missão crítica (incluindo aqueles que passam por redes LTE e 5G NR) são algumas das razões para o aumento expressivo nos investimentos.
Ainda de acordo com a consultoria, a chegada comercial de outras tecnologias que possibilitam a entrega de vídeo em tempo real, aplicativos móveis de escritório e de campo, serviços de localização, consciência situacional e recursos não tripulados, por exemplo, estão ganhando destaque como plataformas de comunicação para segurança pública em diversos países. Esse movimento fomenta a alocação de novos investimentos na área.
A responsável pelas projeções para 2026 também estimou que, em 2023, o valor investido em infraestruturas e dispositivos LTE e 5G de segurança pública alcançou os US$ 4,3 bilhões. O resultado, segundo o estudo, teria sido impulsionado “por novos projetos e pela expansão das redes MVNO e MOCN seguras, dedicadas, híbridas, governamentais e comerciais existentes”.
Ecossistema e expansão
Com o suporte contínuo de dispositivos LTE e 5G para segurança pública, prevê-se um crescimento adicional no mercado, atingindo uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de aproximadamente 10% no triênio até 2026.
Apesar da perspectiva positiva de que o mercado alcance mais de U$ 5,7 bilhões anuais até o final de 2026, a consultoria também apontou desafios que “atormentam” o setor. O principal deles é a limitação na capacidade de comunicação D2D (sigla inglesa para conexão direta para o dispositivo).
Detalhes
O relatório também tratou sobre o já relevante número de redes de segurança pública LTE e prontas para 5G totalmente dedicadas, híbridas, governamentais, comerciais e seguras baseadas em MVNO/MOCN – que estão operacionais ou em processo de implantação em vários países.
“As redes nacionais de banda larga de segurança pública de alto perfil FirstNet (rede de primeiros socorros) e Safe-Net (rede nacional de comunicações de segurança em desastres) da Coreia do Sul foram implementadas com sucesso. No entanto, o projeto ESN (sigla inglesa para “rede de serviços de emergência”) da Grã-Bretanha foi prejudicada por uma série de atrasos”, exemplificou a SNS Telecom & IT.
Além disso, o documento destacou que, embora as capacidades críticas do 5G NR para segurança pública (conforme definidas nas especificações das versões 17 e 18 do 3GPP) ainda não tenham sido totalmente implementadas comercialmente, as agências de segurança pública já iniciaram experimentos com o 5G.
“Esses experimentos têm o objetivo de explorar aplicações que podem se beneficiar dascaracterísticas da alta largura de banda e baixa latência oferecidas por essa tecnologia”, apontou a consultoria.
Fonte: Teletime