AWS doa R$ 6,5 milhões em créditos de uso da nuvem para fomento à ciência no Brasil
A AWS doou R$ 6,5 milhões, ou US$ 1,2 milhão, em créditos para o uso da nuvem, durante dois anos, para apoio a até 23 pesquisas científicas por meio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Este já é o segundo acordo do tipo entre a AWS e a instituição – em 2019, foram destinados US$ 400 mil para pesquisadores de todo o país. O anúncio foi feito no AWS Summit 2022, realizado em São Paulo, nesta quarta-feira, 03/08.
Qualquer pesquisador ou centro de pesquisa do Brasil poderá solicitar créditos, sendo que o valor máximo destinado a cada projeto poderá variar de US$ 15 mil a US$ 100 mil dólares. As propostas serão analisadas por uma comissão do CNPq com a participação da AWS. Os projetos devem estar incluídos em uma das linhas de pesquisa em tecnologia consideradas prioritárias, que vão desde o setor espacial até prevenção e recuperação de desastres naturais e ambientais, passando por segurança pública, biotecnologia e cidades inteligentes,
Em entrevista à CDTV, do portal Convergência Digital, o diretor geral para o Setor Público da AWS no Brasil, Paulo Cunha, e o presidente do CNPq, Evaldo Vilela, destacaram a relevância da aproximação das empresas privadas com as universidades. “O Brasil precisa de muito fomento para incentivar a ciência. Nós sabemos fazer ciência. Os artigos científicos são muito importantes, mas temos de investir na prática”, enfatizou Vilela. Já Paulo Cunha, da AWS, ressaltou um dos projetos contemplados em 2019.
Trata-se da plataforma VALERIA, desenvolvida pela Universidade de Pernambuco (UPE), que propõe modelos de machine learning para auxiliar equipes do SUS no diagnóstico diferencial da dengue, zika e chikungunya, além da avaliação da gravidade da tuberculose, colaborando ainda na previsão de epidemias. VALERIA funciona a partir da análise de milhões de dados, treinamento e testes de modelos, e seria inviável sem a computação em nuvem. “Essa é a prova que a nuvem tem um papel essencial para o desenvolvimento do Brasil”, exaltou.
Paulo Cunha também destacou que os dados não passam para a AWS. “Nossa única participação é olharmos para o projeto para saber, de fato, que cloud computing tem a sua aplicação no fomento. A propriedade intelectual é do pesquisador”, observa o diretor da AWS Brasil. Assistam à entrevista com Paulo Cunha e Evaldo Vilela, do CNPq.
Fonte: Convergência Digital