São Paulo entra para os principais destinos de imigrantes digitais
São Paulo é um dos principais destinos do mundo para profissionais de tecnologia que buscam por salário e estilo de vida melhores. Essa é uma das conclusões do estudo “Digital Workers Are on the Move. Here’s What They’re Looking For”, do Boston Consulting Group. De acordo com a consultoria, 67% dos entrevistados afirmaram que se mudaram para São Paulo por uma oferta de salário melhor, 35% aceitaram a mudança por conta de um emprego em uma organização ou indústria específica, e 21% disseram ter ido para a cidade para melhorar seu estilo de vida.
O BCG entrevistou mil profissionais que fizeram mudanças de cidade, indo para grandes centros de tecnologia no mundo, como Amsterdã, Bangalore, Berlim, Dubai, Dublin, Londres, Seattle, Xangai, Cingapura e Tel Aviv, além de São Paulo. Dos trabalhadores que se mudaram para a cidade brasileira, 67% têm de 25 a 34 anos e 53% são homens. O relatório indica, ainda, que 28% atuam com desenvolvimento web, 28% como desenvolvedores de apps e 12% trabalham com engenharia.
A pesquisa aponta, ainda, que os setores mais quentes são big data e analytics e inteligência artificial, ambos citados por 17% dos entrevistados em todo o mundo. Cibersegurança e fintech seguiram com 12% e 9%, respectivamente.
Também indica que 86% dos profissionais que vão para a capital paulista são casados, e 9% são solteiros. Os demais se dividem em divorciados, viúvos ou em um relacionamento, 52% dos respondentes ficam no novo local de trabalho por dois anos, em média.
São Paulo é classificada como o 30º maior ecossistema do mundo e o único a fazer parte da lista de “grandes ecossistemas do mundo” na América do Sul. A cidade possui 2.700 startups – o ecossistema mais maduro da região. Mais do que isso, a cidade concentra 64% dos fundos de venture capital da América Latina.
Especialistas em tecnologia da América Latina classificam o a cidade no Brasil entre os principais destinos para os quais estarão dispostos a se mudar. É o mais importante centro financeiro e econômico do Brasil e do restante da LATAM, onde estão representadas todas as grandes corporações, nacionais e estrangeiras
Outros achados do estudo do BCG são:
– 42% das mulheres profissionais de tecnologia enfrentaram desafios durante suas relocações por conta de seu gênero;
– Mais da metade dos migrantes pesquisados são engenheiros, programadores digitais ou desenvolvedores da web. Outros 10%, aproximadamente, são especialistas em aplicativos móveis, inteligência artificial e análises.
– 36% dos entrevistados em todo o mundo disseram que se mudaram para buscar empregos em uma empresa específica e 33% em um setor específico.
Fonte: Convergência Digital