Museu de Ciências encerra temporada de visitas em escolas do Paraná
Propostas de articulação entre projetos desenvolvidos pela UEL e instituições de ensino da Educação Básica podem ser decisivas para a consolidação dos conteúdos trabalhados pelos professores, colaborando para despertar ainda mais a curiosidade das crianças e jovens pelas descobertas científicas. É com este intuito que o Museu de Ciência e Tecnologia de Londrina (MCTL) realizou mais uma edição do seu projeto “Museu Itinerante de Ciências: Indo às Escolas do Paraná”, a última de uma temporada que contou com visitas a escolas de ao menos 19 municípios do Norte e Norte Pioneiro. A proposta consiste na realização das aulas expositivas e demonstrações de experimentos científicos que abordam conteúdos de Física e Química.
Diretora do Museu, Eliana Silicz Bueno conta que, somente em 2022, cerca de 7,3 mil estudantes dos ensinos Fundamental II e Médio foram atendidos, o que não seria possível sem o financiamento da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) através do Programa Universidade Sem Fronteiras (USF).
As visitas foram realizadas em escolas estaduais localizadas na Região Metropolitana de Londrina (RML) e em municípios pequenos do Paraná, com os listados no mapa:
Pequenos municípios do Paraná para onde o Museu Itinerante da UEL foi durante o período do projeto. Comunidade escolar pode conferir experiências no decorrer do ano (Agência UEL)
“Foi um sucesso. Em todas as escolas onde os nossos monitores foram os alunos e professores pediram para que eles retornassem com o projeto. Com isso, tanto os nossos bolsistas quanto os alunos atendidos ficam bastante empolgados com o ensino de Química e Física fora da sala de aula. A Pró-Reitoria de Extensão (Proex) também nos ajudou bastante ao fornecer o transporte. Nós agradecemos muito”, diz a diretora sobre o projeto, que teve início em março de 2022 sob a coordenação do professor Marcelo Alves de Carvalho, do Departamento de Física.
Para o monitor do Museu de Ciência e Tecnologia de Londrina, Jean Carlos Silva de Macedo, o projeto cumpriu a sua missão de levar a ciência a lugares onde propostas como essa dificilmente chegariam, atendendo a alunos que precisariam viajar centenas de quilômetros para conhecerem o MCTL.
A estudante Melissa Rebeca, de 13 anos, participou e pode ver um pouco de uma experiência científica de perto:
FÍSICA E QUÍMICA – Atualmente, o Museu de Ciência e Tecnologia de Londrina conta com mais de 30 experimentos. Dentre eles, o conhecido Disco de Newton, um exemplar de um antigo gerador elétrico de corrente alternada e uma réplica do primeiro gerador magnético desenvolvido pelo físico Michael Faraday, conhecido posteriormente como “dínamo”. Já com o Museu Itinerante de Ciências, os monitores do projeto utilizam substâncias conhecidas – ou que muito gente já ouviu falar – para demonstrar como se dão as reações químicas.
Um dos experimentos mais conhecidos é o Gênio da Garrafa. Nele, uma reação química provocada pela mistura de Peróxido de hidrogênio e Permanganato de potássio faz com que muita fumaça se espalhe pela atmosfera, resultando, também, na formação de novos produtos, como o Dióxido de manganês. Confira alguns dos experimentos:
Outra substância conhecida, utilizada na demonstração, foi a soda cáustica (Hidróxido de sódio). Quando colocada em contato com a água e o açúcar a solução tem sua cor alterada, despertando a curiosidade dos alunos. Com o experimento, conhecido como Camaleão Químico, informa o estudante Bruno Paquier Pieroni, foi possível trabalhar o conceito de oxirredução, que é quando há uma transferência de elétrons entre os elementos.
“É algo mágico poder divulgar a ciência porque muitas pessoas têm a visão de que existem os cientistas e as pessoas normais. Nós temos que desmistificar isso, aproximar e mostrar que a ciência está em nossas vidas. A ciência tem a função de tornar a nossa vida mais fácil”, diz o monitor Jean Carlos Silva de Macedo, graduado em Química pela UEL.
Também participaram da atividade os alunos Anderson Macetto, Flávio Luiz Zapparoli Neto, Tiago Roberto Frasson Pedro, Matheus Franco de Morais da Silva e Marcus Vinícius Martinez Piratelo, além do funcionário do MCTL, Willian Ridequi Messias Kodama.
FORMAÇÃO DOCENTE – Embora o projeto esteja focado em despertar o interesse dos alunos da Educação Básica, os estudantes da UEL também reconhecem na atividade uma importante iniciativa de fortalecimento da prática docente. Isso porque, em breve, muitos terão concluído a graduação e poderão atuar na Licenciatura em escolas das redes pública e privada, além de cursinhos pré-vestibular.
Para a diretora da Escola Estadual Sagrada Família, Cristiane Severino, a presença do projeto foi muito importante, retirando os alunos da rotina e proporcionando a integração entre a teoria e prática. “Ciência na prática faz mais sentido”, comemora.
Contando com cerca de 150 alunos, o Colégio Estadual Sagrada Família está localizada no Jardim do Sol e faz parte do Programa de Educação em Tempo Integral, da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte.
Confira, abaixo, a reportagem completa produzida pela TV UEL: https://youtu.be/ZDuhZZo_Iko
Fonte: SETI PR