Labneuro: Pesquisas Avançadas em Neurociência contam com fomento da Fapern
Pesquisadores bolsistas da Fundação de Amparo e Promoção da Ciência, Tecnologia e Inovação no RN – FAPERN, tem desenvolvido importantes pesquisas junto ao Laboratório de Neurologia Experimental (Labneuro), da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), garantindo avanços na área de Neurociência. O Labneuro conta com seis pesquisadores, todos professores efetivos da UERN, além de uma rede de 30 estudantes, entre doutorandos, mestrandos e alunos de iniciação científica. Dentro dessa rede atuam três pesquisadores que recebem bolsas da Fapern, por meio de programas que fortalecem a ciência no estado.
Criado em 2012, o Labneuro tornou-se referência no estudo da Neurociência Funcional e Comparativa, tanto no Brasil quanto no exterior. Sob a liderança dos professores José Rodolfo Cavalcante e Fausto Bierdonaguzzi, o laboratório foi concebido com o objetivo de consolidar, no interior do Rio Grande do Norte, um espaço dedicado a pesquisas em Neuroanatomia e Neurofisiologia.
O impacto do RN Mais Científico no avanço das pesquisas
Entre os pesquisadores do Labneuro, Karina Paiva, doutora em Bioquímica e Biologia Molecular, é bolsista do Programa RN Mais Científico da Fapern, pelo edital 12/2024. Paulo Leonardo, outro pesquisador do laboratório, desenvolve estudos sobre a evolução do sistema nervoso com apoio do edital 26/2024 da Fapern.
Para a coordenadora do RN Mais Científico, Edileuza Costa, o programa tem sido essencial para ampliar o impacto da pesquisa na UERN. “O Programa de fortalecimento da pesquisa na UERN e de redução de assimetrias no desenvolvimento científico e tecnológico regional no Estado – o nosso RN Mais Científico – atende todos os territórios da cidadania do estado e tem impactado diretamente nas pesquisas desenvolvidas pelos programas de mestrado e doutorado da UERN. Para a gente, é satisfatório acompanhar tantos resultados importantes no âmbito da pesquisa científica”, destaca.
O RN Mais Científico, lançado pela Fapern em 2024, é um programa estratégico com um orçamento de quase R$ 7 milhões, estruturado em três eixos principais: Desenvolvimento da pesquisa na Pós-graduação; Desenvolvimento Científico e Tecnológico Regional na Graduação; e Inovação na Gestão Acadêmico-Científica
Além do impacto na pós-graduação, o programa fortalece as atividades de ensino, pesquisa e extensão na UERN, além de contribuir para a gestão acadêmico-científica da universidade.
Descobertas sobre o autismo e o papel do fomento à pesquisa
Um dos projetos em destaque no Labneuro investiga o papel das proteínas ligantes de cálcio no autismo. A bolsista da Fapern de Iniciação Científica, Élyssa Adrielly, explica os avanços da pesquisa:
“Identificamos que a parvalbumina, uma dessas proteínas, apresentou expressão reduzida em áreas do cérebro relacionadas à memória, comportamento e atenção. Essa diminuição pode estar associada ao desenvolvimento de sintomas do autismo, contribuindo para uma hiperatividade dos circuitos neurais, resultando em dificuldades na comunicação e comportamentos estereotipados. Nosso trabalho buscou compreender esses mecanismos e contribuir para avanços significativos na pesquisa sobre o autismo.”
Para Élyssa, o apoio da Fapern foi decisivo para sua trajetória acadêmica. “A bolsa foi fundamental para que eu pudesse me dedicar mais aos experimentos e ao aprofundamento teórico. Em 2024, também tive a oportunidade de participar do Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular, ampliando ainda mais meus conhecimentos e conexões na área”, explica.
Redução de assimetrias
A Fapern tem desempenhado um papel estratégico no fortalecimento da pesquisa científica no RN, oferecendo suporte a programas federais e estaduais voltados para o desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I).
Para o diretor-científico da Fapern, Ricardo Melo, o trabalho desenvolvido pelo Labneuro exemplifica o impacto positivo do fomento à pesquisa. “O trabalho feito pelos pesquisadores do Labneuro é um exemplo de como o fomento à ciência impacta nas ações e no desenvolvimento social, ambiental e econômico do RN.”
Ricardo também destaca que a Fapern tem direcionado esforços para fixação de pesquisadores em diversas regiões do estado, com parcerias como o Programa de Desenvolvimento da Pós-graduação (PDPG) e programas próprios, como o RN Mais Científico. “Esses programas atendem um outro objetivo da Fapern, que é propiciar a fixação de pesquisadores e a redução de assimetrias regionais por meio da CT&I”, ressalta.
O fortalecimento da pesquisa científica no RN depende diretamente de investimentos e de um compromisso contínuo com a formação de novos cientistas, permitindo que iniciativas como as do Labneuro sigam avançando e trazendo benefícios concretos para a sociedade.
Fonte: Fapern