Amazônia+10: Governo do Amapá realiza mapeamento das cadeias produtivas do estado para identificar potencialidades e carências
O Governo do Amapá junto com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), realizou, nos dias 19 e 20 de setembro, no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) do Amapá, a oficina “Iniciativa Amazônia+10” para identificar as potencialidades e dificuldades das principais cadeias produtivas do estado.
O trabalho teve como objetivo criar um banco de dados para a coordenação do programa Amazônia+10 e definir com melhor precisão e objetividade o destino dos investimentos realizados pela iniciativa no Amapá.Para a Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec), que coordenou a oficina, a realização de um levantamento prévio sobre onde investir recursos federais é fundamental para evitar erros e colher bons resultados.
“A Amazônia+10 é um programa muito importante para fomentar a pesquisa e a inovação tecnológica no estado. Com a oficina, o que se pretende é melhorar a destinação dos investimentos que são recebidos para promover, cada vez mais, o desenvolvimento sustentável e inclusivo”, ressaltou Edivan Andrade gestor da Setec.
O evento contou com a participação de cerca de 60 representantes de instituições públicas e privadas do Amapá. Na ocasião, foram debatidas as potencialidades de importantes cadeias como: extrativismo animal, cultivo de organismos aquáticos, energias renováveis entre outros.
“Esse trabalho está sendo realizado em todos os estados da Amazônia Legal para levantar as demandas, desafios, potencialidades e oportunidades relacionadas a todos aspectos de desenvolvimento social, econômico e regional. Isso vai nos ajudar a identificar quais são os elos das cadeias de pesquisa e produção, que precisam ser contemplados pelo programa federal”, explicou Adriana Badaró, coordenadora do Projeto de Subsídios para Iniciativa Amazônia+10.Presente no treinamento, a Universidade do Estado do Amapá (Ueap), classificou o debate sobre as cadeias produtivas como fundamental para elevar o grau de qualificação das estratégias e investimentos que poderão acelerar o crescimento do estado.
‘Se a gente descobre que a comunidade está precisando resolver determinado problema, fica mais fácil criar projetos e programas de investimentos que desenvolvam pesquisas e estudos com soluções para o problema apresentado’, disse Marcelo Andrade, chefe da Divisão de Pesquisa da Ueap.
Para o representante da startup Flor de Açaizeiro, que fabrica biocosméticos a partir de óleos e manteigas extraídas do açaí, cupuaçu, bacuri e coco, a oficina foi importante para apresentar as dificuldades que o empreendimento tem para conseguir matéria-prima no estado.
Atualmente, a gente produz biocosméticos com óleos e manteigas que vêm de municípios do interior do Pará. Mas com esse trabalho do Governo do Amapá para integrar todas as cadeias e encontrar soluções para superar os obstáculos de cada atividade, vamos poder fortalecer mais as produções locais, o que é muito importante para o desenvolvimento do estado’, destacou Clemerson Coelho.
No Amapá, a chamada pública do programa Amazônia+10 de 2022 teve um investimento de, aproximadamente, R$ 230 mil do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e uma contrapartida de R$ 740 mil, do Governo do Estado.
Amazônia+10
A Iniciativa Amazônia +10 é um projeto do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e tem como objetivo apoiar a pesquisa e a inovação tecnológica na Amazônia Legal, promovendo a interação natureza-sociedade e o desenvolvimento sustentável e inclusivo da região.
O programa busca promover ações convergentes de ciência, tecnologia e inovação que fortaleçam diretrizes, eixos e proposituras do Planejamento Estratégico de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia, visando superar obstáculos para o reflorestamento de áreas degradadas, o desenvolvimento de atividades agrícolas de baixa emissão de gases de efeito estufa, a agregação de valor nas cadeiras produtivas da bioeconomia, a geração de alimentos, a produção de fármacos, a geração de energia limpa e a garantia de acesso a serviços básicos para as populações que habitam na região.