USP, Unicamp e Unesp estão entre as 200 universidades mais produtivas do mundo
O Centro de Estudos em Ciência e Tecnologia da Universidade de Leiden, na Holanda, divulgou novo ranking de produção científica em universidades colocando USP (Universidade de São Paulo), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e Unesp (Universidade Estadual Paulista) como as três melhores da América do Sul. No âmbito mundial, a USP está em 16º. O levantamento posicionou 1.506 universidades e diz respeito à produção de impacto científico em todo o planeta, no período entre 2019 a 2022. As três universidades estaduais paulistas lideram todos os rankings da América do Sul desde o primeiro período analisado (2006-2009).
O critério de impacto científico é considerado o mais relevante para esse tipo de ranking e basicamente leva em conta o número de citações que os artigos científicos têm. Como exemplo, quanto mais menções os trabalhos têm, ou quanto mais servem de referência para outros pesquisadores, maior é esse impacto. No mesmo ranking, a Unesp (Universidade Estadual Paulista) está na posição de número 142, enquanto a Unicamp ocupa a 174ª posição. As três universidades são vinculadas à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SCTI) do Estado de São Paulo.
Para se ter uma ideia da importância do posicionamento da USP nesse ranking, a instituição brasileira está à frente de universidades tradicionais na América do Norte, na Europa e no Japão. “É um orgulho ver as instituições paulistas no topo, afinal, o conhecimento é a riqueza do século 21”, comemora o secretário da SCTI, Vahan Agopyan.
A classificação foi divulgada neste mês e considera a produção científica publicada na base de dados multidisciplinar Web of Science, bastante conhecida e valorizada no universo acadêmico. “E a universidade de Leiden é ótima e muito respeitada”, afirma o responsável pela Coordenadoria de Ensino Superior da SCTI, Marcos Nogueira Martins, reforçando a importância do ranking.
Mulheres em destaque
As três universidades paulistas também se destacam em outros recortes do levantamento da instituição holandesa. Quando avaliado o quesito diversidade, que considera os artigos publicados por gênero, analisando o número de mulheres em relação ao total de autores, a USP aparece na 3ª colocação, atrás apenas das universidades de Harvard e Toronto. Já a Unesp aparece na 92º e a Unicamp, na 136ª no universo das mais de 1.500 instituições, no recorte em questão.
Todos os levantamentos citados até aqui consideram as colocações no universo de “todas as ciências”. Mas em um recorte ainda mais específico, o de life and earth sciences (ciências da vida e da terra, como biotecnologia, botânica, medicina, geologia e outras), a USP ocupa o primeiro lugar na proporção de mulheres pesquisadoras, demonstrando o incentivo à diversidade no cenário das universidades paulistas. Destaque também para a Unesp, que ocupa o terceiro lugar nesta classificação específica.
“Considerando todas as dificuldades de aliar o trabalho acadêmico com as rotinas que ainda são mais associadas às mulheres, como a criação dos filhos, é um destaque muito importante e uma honra para as universidades do Estado de São Paulo, e principalmente para essas mulheres batalhadoras, que lutam pelo desenvolvimento científico brasileiro e mundial”, destaca o coordenador Marcos Martins.
Fonte: SECTI SP