Empresa vai investir R$ 650 milhões no Brasil mirando semicondutores
A Zilia Technologies, empresa de manufatura de componentes semicondutores e de dispositivos eletrônicos de memória, anunciou nesta semana o investimento de R$ 650 milhões no Brasil até o final de 2025.
O dinheiro será utilizado na expansão da sua capacidade produtiva, ampliação do portfólio de produtos e busca de novas oportunidades de negócios em diferentes mercados, a exemplo do exterior. Entre os produtos fabricados pela Zilia estão módulos de conectividade para a Internet das Coisas (IoT).
“Além de fortalecermos as parcerias que temos com nossos fornecedores e clientes correntes e de buscarmos sempre oferecer o que há de mais avançado em memórias, estamos lançando novos produtos e nos preparando para o mercado de varejo. Isso expandirá nosso alcance para além dos atuais segmentos de OEMs (Original Equipment Manufacturers)”, afirma Rogério Nunes, CEO da Zilia, em nota.
O investimento
Do investimento total, em torno de R$ 475 milhões devem ser aplicados para o aumento da capacidade produtiva. Assim, as fábricas em Atibaia (SP) e Manaus (AM) receberão novas máquinas e equipamentos para fazerem o encapsulamento e testes de novos circuitos integrados e montagem de dispositivos eletrônicos baseados em semicondutores.
Em Atibaia, o espaço será ampliado em cerca de 1,5 mil km² e receberá uma linha produtiva para a exportação.
Já os R$ 175 milhões restantes devem ser aplicados em atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação. O foco será em produtos, processos industriais e qualificação de recursos humanos.
Além disso, a fabricante informou, ainda, o lançamento de componentes como DDR5 e LPDDR5, uMCP, UFS 4.0 e NandFlash, assim como o de soluções em módulos de memória e outros dispositivos eletrônicos, como os SSDs (solid state drives) de quarta e quinta gerações.
De acordo com Nunes, o setor de semicondutores tem papel estratégico, por ser a base de todas as outras tecnologias. “O apoio do governo neste processo é a chave para melhores resultados e para o aumento da competitividade de todo o setor. Já temos um programa de apoio ao design e à produção de semicondutores, chamado PADIS. A continuidade e o aprimoramento desse programa propiciarão a construção de parcerias fortes e duradouras, inserindo o Brasil nesse cenário global e bastante promissor de chips”, finaliza.
Fonte: Teletime (adaptada)