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Professor precisa utilizar recursos digitais em aula, dizem especialistas - Consecti

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Notícias
01 abril 2024

Professor precisa utilizar recursos digitais em aula, dizem especialistas

Introduzir novas formas de aprendizado combinadas com as tecnologias na sala de aula também tem sido apontado pelos especialistas que participaram do seminário Educação Conectada, nesta quarta-feira, 27, como um dos inúmeros desafios para se pensar uma educação brasileira apoiada pela conectividade e no aprendizado digital.

Flavia Emanuelle Souza Soares, Secretária Adjunto de Gestão de Pessoas na Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso, disse que o grande desafio do governo tem sido a mudança de mentalidade do professor em utilizar em sala de aula as ferramentas.

Na mesma linha, Jardiel Nogueira, gerente de programa Unicef/Projeto Giga, aponta que é preciso criar formas de estimular os professores a usarem essas novas formas de ensino em sala de aula. Ele citou também as formações que o Projeto Giga tem oferecido a professores das escolas rurais, destacando que nessas unidades escolares, formar os docentes tem sido ainda mais desafiador.

“Hoje, 90% das escolas rurais estão no Nordeste. Temos muitos desafios em conectar essas escolas e quando falamos de formação, o desafio de formação está nesses professores”, afirmou. Ele defende a necessidade de uma articulação que que garanta, além da conexão, formação desse público.

Formatos de formação

Para a gerente do Centro de Formação de Profissionais da Educação do Espírito Santo, Karoliny Mendes da Costa, a principal questão tem sido a de combinar a formação dos professores com cursos presenciais e a distância.

Ela citou a experiência do estado, dizendo que foi implementada uma plataforma online com diversos cursos desde 2019, que atende professores da rede municipal e estadual. A dificuldade, aponta Costa, tem sido a de incentivar os professores a participarem das formações.

Ações continuadas

Outro aspecto importante apontado pelos especialistas envolve a manutenção das açõesfocadas em conectividade das escolas. Este, por exemplo, é um ponto importante para Mara Tavares, assessora de tecnologia educacional da Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul. “Eu acho que hoje, a maior dificuldade é manutenção das iniciativas de educação conectada. Eu tenho visto que notaram os erros, e viram que falta aqui para corrigir. Desde 2018, vejo que estamos em uma ascendente”, afirmou.

Ela também citou a experiência do estado na formação. Atualmente, o RS possui 123 escolas conectadas, e que foi criado um centro de formação de professores. “Hoje, estamos tentando colocar o professor no lugar de aluno”, disse.

O mesmo entendimento tem Catherine Rojas Merchán, Gerente de Estudos e Coalizões da Fundação Telefônica Vivo. Para ela, o Brasil tá avançando em normativas nessa agenda. A Estratégia Nacional de Educação Conectada (ENEC) é um exemplo disso, afirmou.

As iniciativas do governo

Ana Dal Fabbro, Coordenadora-Geral de Tecnologia e Inovação do Ministério da Educação (MEC), apresentou as propostas do governo para estimular a formação dos professores.

Segundo Dal Fabro, hoje, o governo pensa em um programa de educação nacional digital, que traz uma série de inovações, como cultura digital, e novas competências para esse cenário digital atual. Ela apontou também que está sendo discutido colocar dentro da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) uma visão de como os estudantes podem ser mais protagonistas no mundo digital, e não apenas usuários.

“Estamos falando agora de novas competências que permitam o uso da tecnologia para os diversos desafios do cotidiano e de equipar nossas escolas com as melhores condições para professores e estudantes”, aponta.

Ela ainda afirma que estas ações se colocam como mecanismos para discutir a tecnologia de dentro de uma perspectiva crítica, de mudanças sociais. “E também, a necessidade de ouvir, enquanto ministério, essas demandas e criar mecanismos de diálogo com as secretarias estaduais e municipais”, disse.

Fonte: Teletime