EUA, França e Itália injetam R$ 300 bilhões em fábricas de chips
Enquanto o governo do Brasil decide dar fim à única fábrica de semicondutores da América Latina, outras administrações seguem no rumo contrário e prometem apoio financeiro à produção de chips. Depois de a França anunciar um acordo com a GlobalFoundries e a STMicroelectronics para uma fábrica no país, há três semanas, agora a Itália costura uma unidade da Intel.
Segundo a agência Reuters, a Itália está perto de fechar um acordo no valor inicial de US$ 5 bilhões (R$ 25 bilhões) com a Intel para construir uma fábrica de montagem e empacotamento de semicondutores avançados no país. “Fontes disseram à Reuters que Roma está pronta para financiar até 40% do investimento total da Intel na Itália, que deve aumentar ao longo do tempo em relação aos US$ 5 bilhões iniciais”, informou.
Em julho, quando GlobalFoundries e a STMicroelectronics anunciaram um acordo para construir uma fábrica de chips de US$ 5,7 bilhões (R$ 30 bilhões) na França, a negociação e o Memorando de Entendimento para a produção de wafers de 300 nm inclui “apoio financeiro significativo do Estado da França”.
A escassez de chips no mercado, um dos reflexos da pandemia de Covid-19, acentuou a percepção de dependência de fornecedores concentrados na Ásia e levou a políticas governamentais de incentivo à produção de semicondutores.
Na União Europeia, uma ‘Lei de Chips’ destinada a financiar instalações inovadoras de semicondutores prevê 15 bilhões de euros em investimentos públicos e privados até 2030. Nos Estados Unidos, o projeto de lei apelidado de Chips and Science Act, inclui mais de US$ 52 bilhões (R$ 260 bilhões) para empresas que produzem chips, além de bilhões a mais em créditos fiscais para incentivar o investimento na fabricação de chips. Também fornece dezenas de bilhões de dólares para financiar pesquisa e desenvolvimento científico e estimular a inovação e o desenvolvimento de outras tecnologias dos EUA.
Fonte: Convergência Digital