Conferência apresentará Plano Nacional de Ensino com eixo de conectividade nas escolas
O governo publicou nesta segunda-feira, 25, no Diário Oficial da União (DOU) decreto em que convoca a realização da 4ª Conferência Nacional de Educação (Conae), edição 2022. O evento será realizado em Brasília, Distrito Federal, com o tema “Inclusão, equidade e qualidade: compromisso com o futuro da educação brasileira”. Um dos eixos centrais do evento é “Uma escola para o futuro – tecnologia e conectividade a serviço da educação”.
Será apresentada a proposta do Plano Nacional de Ensino (PNE) para o período 2024-2034, que deverá trazer a previsão de necessidade de projetos para levar banda larga para as instituições. “Tendo em vista as distintas realidades do nosso País, o PNE 2024-2034 precisa contemplar um programa de implementação da infraestrutura necessária, com etapas a serem atingidas, que considere os desafios locais das redes de ensino”, diz o documento de referência.
Apesar de já ser temas de várias iniciativas, a política pública de conectar escolas ganhou fôlego com o leilão do 5G. O processo da licitação da faixa de 26 GHz angariou R$ 3,1 bilhões para destinar a projetos de conexão a escolas públicas de áreas urbanas e rurais, conforme o grupo de acompanhamento (Gape) deverá administrar. Além disso, há ainda a alteração na lei do Fust para destinar recursos para levar banda larga ao ensino público, além de propostas e projetos
Dados da pesquisa TIC Educação, divulgados pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.Br), no último dia 12, mostram que em 2021, 84% dos alunos residentes em áreas urbanas não possuíam dispositivos ou acesso à Internet em seus domicílios. Na área rural, este número alcançou o índice de 92%.
Na pesquisa TIC Educação, 94% dos professores utilizaram a Internet de sua residência para ministras as atividades remotas ou híbridas. Já 75% foram à escola para acessar a Internet e desenvolver tais atividades; 11% foram a locais públicos, como shoppings e praças com WiFi; e 9% utilizaram redes pagas, como de lan-houses ou cafés com WiFi.
A pesquisa também mostrou que houve uma política voltada para fornecer conectividade para os professores. Do total, 21% dos professores da rede municipal e estadual afirmaram ter recebido apoio para o desenvolvimento das suas atividades remotas, como o custeio da conexão de acesso à Internet. Nas escolas particulares, apenas 9% receberam tal benefício.
Fonte: Teletime