Marcos Pontes defende investimento em ensino técnico no Brasil
Ao participar do Brasscom TecFórum 2022, nesta quarta-feira, 23/03, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, defendeu a formação do jovem em uma profissão no ensino técnico. “É a nossa vocação. Eu sou formado no SENAI. Temos de ter jovens formados no ensino técnico”, destacou, ao fazer um balanço da sua gestão de três anos e três meses à frente do ministério, uma vez que deixará o cargo no final do mês para concorrer a uma vaga de deputado federal, em São Paulo.
Ele observou que os Institutos Federais têm de atuar de forma mais coligada para explorar a vocação de cada local. Defendeu ainda que os currículos sejam adaptados às demandas da transformação digital. “A formação dos jovens tem de atender a expectativa do mercado para gerar emprego e renda”, destacou.
Pontes lembrou que, nesta quarta-feira, 23, vai lançar em Ribeirão Preto, uma chamada pública, em subvenção econômica, ou seja, sem obrigação de devolução de recursos, para startups de Inteligência Artificial. “IA e IoT são ferramentas essenciais para o futuro associadas à transformação digital e a todas as áreas de negócios”, pontuou.
Falou ainda do avanço do Sirius, um acelerador de partículas do tipo sincrotron localizado no município de Campinas, no interior de São Paulo, Brasil, que já conta com sete linhas ativadas, chegando a 10 até dezembro e a 14 em 2023, com conclusão prevista para 2024.
“Será o único laboratório de biossegurança 4 da América Latina. Ele faz parte do programa escudo para proteger o país das próximas pandemias. Todo mundo perdeu um amigo ou um parente com a Covid-19. Temos de aprender para evitar essas perdas. E não há evolução sem o uso da tecnologia, ela permeia todo o processo”, adicionou Marcos Pontes.
Com relação ao futuro, observou que é preciso avançar com o Marco Legal das Startups, repensar a Lei do Bem, o PADIS e a Rota 230 para se ter um ambiente de negócio mais eficiente e simplificado. “Temos de permitir que as startups não fiquem no vale da morte, mas para isso temos de ter um ecossistema mais robusto”, completou.
Fonte: Convergência Digital