Estudo do Sebrae revela que as 10 cidades com maior número de startups no Estado pertencem ao Spai, sistema do governo de SP para fomentar inovação
O Sebrae Startups Report 2024, relatório com as percepções relacionadas ao panorama das empresas inovadoras paulistas, acaba de ser divulgado e mostra a forte presença do Governo do Estado de São Paulo no desenvolvimento desses negócios nascentes. Entre outros dados, o levantamento aponta que as 10 primeiras cidades em número de startups, entre as 214 ranqueadas, têm a maioria de seus ambientes pertencentes ao Spai (Sistema Paulista de Ambientes de Inovação), programa estadual vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SCTI) que atualmente tem 50 ambientes credenciados, cada qual abarcando uma série dessas empresas. Outro dado relevante trazido no estudo é que 97% das startups prestam serviços para o setor público, demonstrando a relevância dessa interação com o Estado no desenvolvimento econômico e no atendimento das demandas da sociedade paulista.
As 10 cidades com maior número de startups no Estado são, pela ordem: São Paulo (1.670), Campinas (174), Ribeirão Preto (150), São José dos Campos (126), São Carlos (99), Sorocaba (87), Santos (85), São José do Rio Preto (83), Piracicaba (77) e Bauru (74) estão integradas ao Spai, política pública que engloba parques tecnológicos, centros de inovação e incubadoras de empresas de base tecnocientífica onde ocorre uma troca de experiências com o objetivo de produzir inovação para o benefício da sociedade. No ranking há outras 17 cidades, totalizando 28, que têm seus ambientes integrados ao Spai. No total, são 3.052 startups nessas cidades.
Produzido pelo Observatório Sebrae Startups, o estudo mostra ainda que os principais segmentos de atuação das startups paulistas são Saúde e Bem-estar (15,43%), Tecnologia da Informação (15,09%) e Educação (13,41%). Agronegócio vem na sequência (11,22%), indicando o impacto do setor agrícola na economia e a importante demanda por soluções tecnológicas no campo. O estudo agrega negócios em diferentes níveis de maturidade, desde as chamadas startups early stage (iniciantes) até as que já passaram por todos os estágios de desenvolvimento.
“Esse setor de inovação tem ganhado cada vez mais importância na economia e para toda a sociedade. Nós, do governo do Estado, estamos satisfeitos por fazer parte dessa história de crescimento, qualificação e diversificação de negócios”, afirma o secretário da SCTI, Vahan Agopyan.
Fontes de capital
Em relação às fontes de investimento, o levantamento revela que o fomento público é responsável pelo maior aporte de recursos, na ordem de 36%, demonstrando que o apoio governamental é essencial para o fortalecimento desse ecossistema. Na sequência, aparece o apoio do investimento-anjo, que é formado pelos investidores individuais, com 31%. Em seguida, vêm os programas de aceleração (18%) e outras formas alternativas de financiamento.
Reconhecendo a importância desse trabalho, o governo estadual está apoiando a operação dos ambientes de inovação em São Paulo, de forma que se tornem mais atraentes para as startups. O recurso permitirá o aperfeiçoamento da integração e das sinergias estratégicas do Spai, que tradicionalmente é financiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e com recursos do orçamento estadual.
Fonte: SECTI SP