Sistema de IA escreve código com nível de programadores humanos
A DeppMind, laboratório de inteligência artificial da Alphabet, a dona do Google, anunciou ter desenvolvido um sistema que pode escrever código de “nível de competição” com programadores humanos. Em competições de programação hospedadas no Codeforces, uma plataforma para concursos de programação, a DeepMind afirma que o AlphaCode alcançou uma classificação média entre os 54,3% melhores em 10 concursos recentes com mais de 5 mil participantes cada.
Segundo a DeepMind, o sistema é uma evolução do Codex, desenvolvido por outro laboratório de pesquisa dos EUA, OpenAI, que traduz comandos de linguagem natural em código de aplicativo. O resultado, diz a DeepMind, é um avanço significativo para a codificação autônoma, embora as habilidades do AlphaCode não sejam necessariamente representativas do tipo de tarefa de programação enfrentada pelo codificador médio.
A programação por máquinas tem avançado recentemente com uso intensivo de inteligência artificial. Em maio de 2021, a Microsoft detalhou um novo recurso no Power Apps que utiliza o modelo de linguagem GPT-3 da OpenAI para ajudar as pessoas a escolher fórmulas. O ControlFlag, da Inte,l pode detectar erros no código de forma autônoma. E o TransCoder, do Facebook, converte código de uma linguagem de programação para outra.
A DeepMind admite que a pesquisa ainda está nos estágios iniciais, mas que os resultados aproximaram a empresa de criar uma IA flexível para solução de problemas. A ideia é que, no longo prazo, a ferramenta possa ajudar programadores e não programadores a escrever código.
A análise de que o AplhaCode se equipara a programadores humanos se baseia em desafios selecionados pela Codeforces, uma plataforma de codificação competitiva que compartilha problemas semanais e emite classificações para codificadores semelhantes ao sistema de classificação usado no xadrez. São quebra-cabeças especializados que combinam lógica, matemática e conhecimento de codificação.
Dez desses desafios foram inseridos no AlphaCode exatamente no mesmo formato que são dados aos humanos. O AlphaCode então gerou um número maior de respostas possíveis e as reduziu executando o código e verificando a saída da mesma forma que um concorrente humano faria. Em média, ele foi classificado entre os 54,3% de respostas.
Fonte: Convergência Digital