Senado analisa PEC de benefícios fiscais para empresas de tecnologia
A votação da PEC fez parte de um acordo para aprovar a Emenda Constitucional 109, vigente desde março e que instituiu a política de redução das desonerações. A Emenda 109 determina ao presidente da República apresentar ao Congresso um plano de redução gradual de incentivos fiscais no montante de 10% anuais para que, ao fim de oito anos, um máximo de 2% do produto interno bruto (PIB) seja usado como renúncia de receita para incentivos tributários.
Por causa da emenda, também chamada de PEC Emergencial, os benefícios tributários para empresas de tecnologia foram interrompidos durante a pandemia. O relator na Câmara, deputado Vitor Lippi (PSDB-SP), defendeu a manutenção dos incentivos ao setor.
Lippi calcula que os incentivos são responsáveis por 500 mil empregos e ajudaram a abrir 377 centros de pesquisa, com um terço nas Regiões Norte e Nordeste.
“O setor ainda paga muito mais impostos do que tem renúncia fiscal e passou a investir em pesquisa e inovação. Isso criou um círculo virtuoso de competitividade em relação ao mundo”, disse na tribuna.
Para Lippi, a PEC 10/2021 também equilibra as indústrias de Manaus com outros 17 estados que contam com empresas de tecnologia em 120 cidades. Ele acrescentou que 504 empresas acessam hoje os incentivos da Lei de Informática (Lei 13.969, de 2019) e 19 empresas estão habilitadas ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria e Semicondutores (Padis), com fábricas instaladas em 137 cidades de 16 estados.
O total de incentivos ao setor deve chegar a R$ 6,5 bilhões até o fim deste ano, com previsão de arrecadação global de cerca de R$ 12 bilhões em tributos.
Com a exceção do partido Novo, todos os demais partidos apoiaram a PEC na Câmara. O Novo alega que a PEC “engessa ainda mais o Orçamento da União”.
Fonte: TI Inside com informações da Agência Câmara