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Indústria nacional de chips reclama da enxurrada de smartphones piratas - Consecti

Indústria nacional de chips reclama da enxurrada de smartphones piratas - Consecti

Notícias
23 fevereiro 2024

Indústria nacional de chips reclama da enxurrada de smartphones piratas

A indústria nacional de semicondutores que chegou a faturar US$ 1 bilhão em 2022, tende a apresentar um tombo de 40% em 2023, a serem mostrados nos balanços anuais a partir de março.

O principal motivo foi o impacto negativo da demanda por memórias, segmento que caiu 50% e onde está concentrada boa parte do faturamento da indústria nacional como um todo.

Mas segundo a Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores, Abisemi, o setor também se ressente da enxurrada de celulares piratas que abastece um naco muito grande do mercado.

“Em 2023, tivemos 10,5 milhões de smartphones trazidos e comercializados no Brasil de forma ilegal, em um mercado de 42 milhões de smartphones. Isso derruba o mercado nacional, derruba nossa oportunidade e derruba interesse de qualquer empresa internacional em atuar no país”, afirmou o presidente da Abisemi, Rogério Nunes, durante a reunião temática realizada nesta quinta, 22/2, preparativa da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

As empresas aguardam o novo programa federal de incentivos ao setor, visto que o modelo atual do PADIS vence em 2026. “PADIS e Lei de Informática nos trouxeram até aqui. Temos que pensar no que vai nos levar adiante. O PADIS vence em 2026 e precisamos de uma ação rápida para crescer. Discutimos o PADIS há dois anos e ele ainda não foi publicado”, disse Nunes.

A maior demanda, no entanto, é que desenvolvimento e produção de semicondutores se tornem parte da agenda estratégica do país, o que implica em ganhar maior relevância política.

“O MCTI tem carregado essa bandeira de forma exitosa, o MDIC tem feito um trabalho de excelência. Mas precisamos do Palácio do Planalto tomando isso nas mãos e buscando um papel melhor em políticas internacionais, em acordos internacionais, em participação da geopolítica em um posicionamento melhor, onde a gente possa buscar parcerias que possam vincular a tecnologia de semicondutores. Semicondutores são políticas de países. Se não colocarmos acordos bilaterais onde empresas multinacionais possam, acreditando em governos como nos sete países que dominam 90% dos semicondutores, possam tomar ações e virmos a ter negócios”, afirmou o presidente da Abisemi.

Fonte: Convergência Digital