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Pesquisadora desenvolve aplicativo para mulheres em situação de violência em Juazeiro (BA) - Consecti

Pesquisadora desenvolve aplicativo para mulheres em situação de violência em Juazeiro (BA) - Consecti

Giro nos estados
06 janeiro 2025

Pesquisadora desenvolve aplicativo para mulheres em situação de violência em Juazeiro (BA)

Na Bahia, 27 mulheres são vítimas de violência doméstica por dia, conforme dados da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), que também apontam um aumento de 27,33% nas denúncias entre janeiro e julho de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023. Em resposta a essa realidade, a estudante de engenharia da computação Priscila Araújo, sob a orientação do professor Jadsonlee da Silva, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), desenvolveu um aplicativo que possibilita às mulheres acompanhadas pela Ronda Maria da Penha de Juazeiro o compartilhamento imediato da localização para a Polícia Militar.

Segundo Priscila, a ideia de desenvolver o aplicativo surgiu a partir de sugestões dos policiais, que contribuíram para a construção do App ao apontar as necessidades e os desafios enfrentados no apoio às mulheres. “A motivação veio da solicitação da Ronda Maria da Penha de Juazeiro, que buscava uma solução ágil e discreta para que as mulheres assistidas pudessem pedir socorro em momentos de emergência. O projeto foi abraçado pelo coordenador do curso de Engenharia da Computação da Univasf, que me orientou durante o desenvolvimento”, afirma.

Para pedir ajuda pelo aplicativo Viva, as mulheres não precisarão ter internet ou crédito no celular. “Ao acionar o botão, caso esteja com internet, é enviada uma mensagem via WhatsApp contendo a localização. Se estiver sem internet, um SMS é enviado. Já se estiver sem crédito e sem internet, o botão realiza automaticamente uma ligação para o 190. O aplicativo também possui gatilhos de emergência que a mulher pode utilizar para enviar a mensagem de socorro: três toques no botão liga/desliga, balançar o celular e o ícone do botão na tela inicial”, explica a desenvolvedora.

O orientador do projeto ressalta a relevância de unir teoria e prática no ambiente acadêmico, destacando o impacto social que iniciativas como essa podem gerar. “Esse tipo de iniciativa é fundamental para a formação do aluno, pois eles estão colocando em prática as tecnologias que têm aprendido em sala de aula para resolverem problemas da sociedade. Eu acredito que a universidade tem o dever de contribuir com a sociedade por meio do ensino, pesquisa e extensão. Então, estamos apenas cumprindo o nosso dever”.

A ferramenta está em fase de testes, em parceria com a Ronda Maria da Penha de Juazeiro. A expectativa é que o aplicativo seja lançado no segundo semestre de 2025. “O Viva não apenas salva vidas, mas devolve a essas mulheres uma sensação de amparo e autonomia. No futuro, nosso objetivo é aprimorar o aplicativo com novas funcionalidades e expandi-lo para outras cidades da Bahia e, eventualmente, para todo o Brasil”, explica Priscila.